A produção industrial registrou alta em 8 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE em outubro, impulsionando o leve crescimento nacional de 0,1% em relação a setembro. Os maiores avanços foram observados em Goiás (6,5%), Mato Grosso (5,8%), Amazonas (4,1%) e Rio de Janeiro (4,1%), segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, divulgada nesta terça-feira (9).
A indústria fluminense liderou as influências positivas. “A indústria carioca, principal influência positiva, cresce 4,1% em outubro, após 2 meses de resultados negativos, período em que acumulou perda de 6,0%. Os setores extrativo, produtos químicos e derivados do petróleo foram os que mais influenciaram esse movimento positivo nesse mês”, explica Bernardo Almeida, analista da pesquisa.
Minas Gerais aparece como a segunda maior contribuição positiva, com alta de 2,1% sustentada pelo setor extrativo. O estado acumula três meses consecutivos de crescimento, totalizando avanço de 3,5% no período.
No campo negativo, São Paulo exerceu a principal influência para baixo. O estado, responsável por cerca de 33% do parque industrial brasileiro, recuou 1,2% em outubro, impactado principalmente pelos setores de derivados do petróleo e de alimentos. Segundo Almeida, esta é a segunda queda seguida, com retração acumulada de 1,7%. “Ainda, com essa taxa, SP encontra-se 22,8% abaixo do seu patamar mais alto, alcançado em março de 2011”, comenta o analista.
O Rio Grande do Sul registrou o maior recuo absoluto do mês (-5,7%), interrompendo três meses de alta que somaram ganho de 10,8%. “Setores de celulose, papel e produtos de papel e derivados de petróleo influenciaram esse comportamento da indústria gaúcha”, analisou Almeida.
Outros estados que apresentaram queda foram Espírito Santo (-1,7%), Pará (-1,4%), São Paulo (-1,2%), Pernambuco (-0,6%), Ceará (-0,3%) e a Região Nordeste (-0,1%).
Recuo
Na comparação com outubro de 2024, a produção industrial caiu 0,5% em outubro de 2025, com 6 dos 18 locais pesquisados registrando resultados negativos. O mês teve o mesmo número de dias úteis do ano anterior (23).
Mato Grosso do Sul apresentou a maior retração (-17,8%), influenciado sobretudo pelos setores de coque e derivados de petróleo, biocombustíveis (como álcool etílico), e celulose e papel.
Também houve queda no Rio Grande do Norte (-9,5%), Mato Grosso (-8,2%), São Paulo (-4,6%), Paraná (-4,1%) e Pará (-3,9%). Já o Maranhão manteve estabilidade (0,0%) em relação ao mesmo período do ano anterior.
Por outro lado, três estados registraram altas de dois dígitos: Espírito Santo (18,3%), Amazonas (12,5%) e Goiás (11,7%), com os maiores crescimentos entre os locais pesquisados.
Foto: André Ribeiro/Agência Petrobras
Copyright © 2023 Bahia Economica - Todos os direitos reservados.
