Após uma reunião na residência do senador Flávio Bolsonaro (PL), na noite desta segunda-feira (8), dirigentes do PP e do União Brasil decidiram aprofundar as conversas internas antes de definir apoio à pré-candidatura do parlamentar à Presidência, segundo informou a CNN. O encontro contou com a presença de Ciro Nogueira (PP), Antonio Rueda (União Brasil), Rogério Marinho (PL-RN) e Valdemar Costa Neto (PL).
De acordo com Marinho, não houve adesão imediata ao projeto apresentado por Flávio. Ele afirmou que os dirigentes das duas siglas consultarão governadores e outras lideranças partidárias. “Na oportunidade, o senador Flávio colocou as condições da sua candidatura, a necessidade de estarmos juntos, o que pretende apresentar como projeto de país. Tanto Ciro quanto Rueda, que hoje representam uma federação, ouviram e foram muito receptivos, e vão conversar com seus partidos para tomarem uma decisão”, disse.
Marinho também enfatizou que não há retorno imediato das siglas ao PL. “Nem hoje, nem amanhã”, declarou, defendendo que a candidatura deve “maturar”. Para ele, ainda há tempo até a formalização das alianças e espaço para construção de consenso no campo da centro-direita.
O senador negou discussões sobre composição de vice e afirmou que o anúncio de Flávio teve o objetivo de fortalecer a direita e preservar o legado de Jair Bolsonaro. “A posição do PL é muito clara: no momento em que o principal representante do partido tomou essa decisão, todos nós estaremos juntos com ele”, afirmou.
O PL deve reunir nesta terça-feira (9) dirigentes estaduais e bancadas no Congresso para alinhar discursos e organizar estratégias.
Marinho ainda negou que o senador cogite desistir da disputa. “Em nenhum momento o Flávio colocou que sua candidatura era um balão de ensaio. Ele fez um ensaio retórico, no sentido de que o preço era o presidente Bolsonaro pudesse constar na cédula eleitoral como candidato, uma vez que está impedido pela condenação, que nós consideramos não ter sido correta nem adequada.”
Sobre a ausência do presidente do Republicanos, Marcos Pereira, o líder da oposição minimizou: compromissos de agenda impediram sua presença.
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
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