

O BNDES aprovou mais um empréstimo, agora de R$ 200 milhões, para a Eve, subsidiária da fabricante de aeronaves brasileira Embraer que é uma das líderes na corrida global pelo desenvolvimento das aeronaves elétricas de pouso e decolagem vertical (eVTOLs). Em agosto, a BNDESPar, empresa de participações societárias do banco de fomento, já havia se tornado acionista da Eve, com uma fatia de 4%. Segundo o banco de fomento, com o novo empréstimo, a Eve “deverá também preparar o veículo para a campanha de testes para obtenção do certificado de tipo junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)”.
Eduardo Couto, CFO (diretor financeiro) da Eve, informou que o financiamento servirá para acelerar a “integração do sistema de propulsão elétrica, que garantirá desempenho, segurança e confiabilidade à nossa primeira aeronave certificável”, etapa “crítica” do desenvolvimento do eVTOL, segundo nota divulgada pelo BNDES. A BNDESPar se tornou sócia da Eve ao investir, como âncora, numa oferta de ações em que a subsidiária da Embraer levantou US$ 230 milhões — a empresa tem capital aberto na Bolsa de Nova York (NYSE). Sozinho, o BNDES investiu R$ 405,3 milhões na operação, informou o banco.
Além disso, desde 2022, o BNDES já aprovou R$ 1,2 bilhão em crédito para apoiar a Eve em diferentes fases do desenvolvimento do eVTOL. Apenas no ano passado, foram dois empréstimos — um de R$ 500 milhões, outro de R$ 200 milhões.
Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, “a fabricação do eVTOL é uma inovação disruptiva”, e o banco de fomento “tem todo o interesse em apoiar” o projeto. “Queremos que o primeiro voo aconteça em 2026, 120 anos após o voo do 14-Bis, um feito histórico de Santos Dumont e legado para o mundo”, disse Mercadante, em nota do BNDES. Em seus comunicados mais recentes, a Eve informou que o primeiro voo do protótipo em escala real está próximo, para ocorrer nesta virada de ano.
2,8 mil unidades encomendadas
Foto: Divulgação/Embraer