

Um vazamento de água ocorrido em 26 de novembro danificou mais de 300 obras da biblioteca de Antiguidades Egípcias do Museu do Louvre, em Paris. Segundo a administração da instituição, o incidente atingiu principalmente revistas de egiptologia e material científico, datados do final do século XIX e início do século XX, utilizados por pesquisadores. O museu assegura que nenhuma peça patrimonial foi afetada e que, até o momento, não há registros de danos irreversíveis. Os volumes serão secos, enviados para restauração e posteriormente recolocados no acervo.
O vazamento foi identificado por volta das 20h45 e teve origem em uma abertura acidental de válvula, o que resultou na ruptura de um cano localizado no teto de uma das salas da ala Mollien. A rede hidráulica responsável pelo sistema de aquecimento e ventilação encontra-se desativada há meses e deve ser substituída a partir de setembro de 2026, dentro de um amplo cronograma de obras no edifício. Medidas de segurança adicionais serão adotadas até o início da reforma.
O episódio gerou reação de sindicatos, que apontaram deterioração da infraestrutura, falta de planejamento e condições de trabalho comprometidas. Uma assembleia intersindical foi convocada para definir possíveis ações. Em meio a outros problemas estruturais, e após o furto de joias em outubro, o Louvre também fechou recentemente uma galeria e aprovou aumento de 45% no valor dos ingressos para visitantes de fora da Europa a partir de 2026, com o objetivo de financiar a modernização do museu, que recebeu 8,7 milhões de pessoas em 2024.
Foto: Musée du Louvre / Olivier Ouadah