

A Petrobras está se preparando para reiniciar a produção de fertilizantes nas fábricas de fertilizantes da Bahia e Sergipe, as chamadas Fafens, o que deve acontecer até janeiro.
A afirmação é do diretor-executivo de Processos Industriais e Produtos da estatal, William França, à agência Reuters.
A Petrobras voltou a investir em fertilizantes após uma demanda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que busca deixar o setor agrícola menos dependente de importações do insumo.
A Fafen Sergipe tem capacidade instalada para 1,8 mil toneladas de ureia por dia, enquanto a Fafen Bahia pode produzir 1,3 mil toneladas/dia.
As Fafens chegaram a ser arrendadas pela Unigel, mas voltaram ao controle da Petrobras neste ano, após ficarem hibernadas desde 2023 por dificuldades financeiras.
O plano inicial da Petrobras é atender em 2026 cerca de 20% do mercado brasileiro de fertilizante nitrogenado, produto que o Brasil importa em grande escala. Mas, segundo o diretor, os planos da companhia vão além.
A fábrica Ansa, no Paraná, também deve ter a partida em março de 2026, de acordo com o executivo. A fábrica paranaense tem capacidade de 1,9 mil toneladas diárias. Até o fim da década, o país deve produzir cerca de 40% da demanda interna de ureia, hoje quase totalmente importada, disse o executivo.
A Petrobras também prevê iniciar também, em 2029, a produção de fertilizantes em Três Lagoas (MS), fábrica cuja construção foi paralisada por anos, ampliando a capacidade nacional e reduzindo importações.
“O Brasil consome cerca de 8 milhões de toneladas de ureia por ano. Vamos chegar a menos de 4 milhões de toneladas importadas com Três Lagoas operando, com as Fafens e Ansa. Vamos atender 40% ou mais do mercado”, disse França.