A doutora Raissa Soares (PL), médica e pré-candidata a deputada federal, avalia que a crise financeira dos Correios simboliza o colapso de uma empresa que já foi referência de eficiência e orgulho nacional. Ela lembra que a estatal, durante décadas, exerceu papel histórico no país. “A estatal já esteve estampada em uniformes de seleções olímpicas, especialmente no vôlei brasileiro. Era uma marca associada ao esporte, à confiança, à presença nacional. Era parte da identidade do Brasil”, disse.
A discussão voltou ao centro do debate após o Tesouro Nacional vetar o empréstimo de R$ 20 bilhões que os Correios negociavam com um consórcio de cinco bancos. O órgão recusou conceder garantia à operação devido ao alto risco de inadimplência e aos juros considerados excessivos, próximos de 136% do CDI, acima do limite permitido para operações dessa natureza.
O cenário financeiro da estatal já vinha se deteriorando. De janeiro a setembro deste ano, os Correios acumularam mais de R$ 6 bilhões em prejuízo, enfrentam dívidas com fornecedores, risco de furo de caixa e o rombo persistente no fundo de previdência Postalis. Para Raissa, esse quadro é resultado direto da mudança de direção promovida pelo governo Lula. “O projeto de privatização avançava, havia planejamento, transparência e modernização. Pela primeira vez em anos, havia um caminho real para salvar a estatal. O PT engavetou tudo por ideologia e agora o Brasil paga a conta”, afirmou.
Para ela, o fato de o governo ter recusado ser fiador do empréstimo é revelador da gravidade do problema. “Quando nem o Tesouro aceita a garantia, é porque está claro que o risco é enorme. Se o empréstimo desse errado, o prejuízo cairia direto nas costas do povo. Essa é a responsabilidade que o PT tentou empurrar para a sociedade”, contou.
Raissa afirma que os Correios se tornaram um exemplo do que ocorre quando decisões técnicas são substituídas por escolhas políticas. “A empresa que já levou o nome do Brasil ao pódio hoje luta para manter as contas em dia. Isso não é coincidência. É gestão. É escolha”, acrescentou.
Ela diz ainda que o episódio deve servir de alerta sobre o modelo administrativo do governo atual e defende que o país retome o caminho da responsabilidade fiscal. “Bolsonaro mostrou que existe alternativa. Existe um Brasil possível, moderno, sério e comprometido com o contribuinte. O que vemos hoje nos Correios é o retrato do retrocesso imposto por Lula”, completou.
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