

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro divulgou uma nota nesta terça-feira (2) respondendo às críticas que recebeu dos enteados após condenar a aproximação do diretório do PL no Ceará com Ciro Gomes (PSDB). O episódio ocorreu depois de um evento partidário em Fortaleza, no domingo (30), e gerou reação dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Eu jamais poderia concordar em ceder o meu apoio à candidatura de um homem que tanto mal causou ao meu marido e à minha família”, afirmou Michelle ao justificar sua posição.
Na mensagem, ela diz respeitar a divergência dos enteados, mas destaca que também tem o direito de expor suas opiniões. “Eu tenho o direito de não aceitar isso, ainda que essa fosse a vontade do Jair (ele não me falou se é)”, escreveu.
Michelle reforçou que prioriza os papéis familiares em relação à política. “Antes de ser uma líder política, eu sou mulher, sou mãe, sou esposa e, se tiver que escolher entre ser política, mãe ou esposa, ficarei com as duas últimas opções”, afirmou.
A ex-primeira-dama também citou ataques de Ciro Gomes ao ex-presidente como motivo para rejeitar qualquer apoio ao tucano. Entre eles, o fato de ele ter rotulado Bolsonaro de “genocida”. “Como ser conivente com o apoio a uma raposa política que se diz orgulhoso por ter feito a petição que levou à inelegibilidade do meu marido e se diz satisfeito com a perseguição que ele tem sofrido?”, questionou.
Michelle declarou ainda que Ciro não representa os valores da direita e que “sempre será um perseguidor e um maledicente contra Bolsonaro”, comparando o eventual apoio ao tucano a “trocar Joseph Stalin por Vladimir Lenin”.
Ela também destacou que, mesmo que Jair Bolsonaro não compartilhe da mesma avaliação, “muitas vezes são as esposas que são chamadas a mostrar aos maridos que eles podem estar errando”.
No encerramento da nota, Michelle pediu desculpas aos enteados pela divergência política, afirmando que não teve intenção de contrariá-los. “No episódio de Fortaleza, eu fui apenas uma esposa defendendo o seu marido e a sua família de um homem que sempre nos atacou”, concluiu.
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