

De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA), o setor de farmácias e perfumaria deve apresentar um aumento de 9,3% nas vendas durante a temporada de descontos da Black Friday, cujo dia oficial é hoje (28). O segmento é o que se destaca frente a outros mais associados à data, como o dos supermercados (que deve aumentar 4,7%) e o de eletrodomésticos (com 2,9% esperados).
Apesar do crescimento tímido na Black Friday, o setor supermercadista continua sendo o maior do varejo, ressalta Guilherme Dietze, consultor econômico da Fecomércio na Bahia. Ele acrescenta, porém, que farmácia e perfumaria é um segmento cuja expansão não é de agora.
“Tem crescido bastante pela digitalização, com os apps e a tecnologia. Tem mais pessoas procurando acesso à saúde e também há um crescimento da renda, ligado ao crédito e cartão de crédito, que permite esse consumo maior. É uma conjunção de fatores que faz esse segmento se destacar, não só na Black Friday. [Mas] na Black Friday tem a questão do preço”, explica Dietze.
O próprio Guilherme percebeu de perto as ofertas do setor. “Eu estou vendo, já comprei coisas de farmácia com bons descontos, não é uma ‘Black Fraude’ como se fala”, opina. Apesar de apresentar um nome composto, com mais de uma classe de produtos no setor, “farmácia e perfumaria” integram um só grupo de consumo. A nomenclatura inclui desde medicamentos a produtos de higiene e beleza, como shampoo, condicionador e produtos para skin care ou barba.
Este ano, diversos fatores colaboram para um consumo favorável na Black Friday, diz o consultor econômico da Fecomércio. O primeiro deles é o acesso das pessoas ao crédito. Outro é a data: no mesmo dia em que os trabalhadores receberão á primeira parte do 13º salário.
“Como você tem mais gente empregada formalmente no Brasil, a injeção do 13º será maior este ano e isso deve trazer bons resultados para o varejo. E mesmo com a promoção caindo perto do 13º, hoje, você tem uma democratização do sistema financeiro muito grande. As pessoas têm cartão de crédito, então, têm acesso a um limite maior, conseguem pagar parcelado. Então, não necessariamente as pessoas compram de fato com o 13º, mas o 13º ajuda, sim, para essa movimentação maior nessa época do ano”, completa.(Correio)
Crédito: Arisson Marinho/CORREIO