

A demanda global aérea, medida em passageiros-quilômetro pagos (RPK), voltou a acelerar em outubro, com alta de 6,6% em relação ao mesmo mês de 2024, segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês). O resultado foi impulsionado, principalmente, pelo avanço nas viagens internacionais.
Já a oferta de assentos, medida em assentos-quilômetro disponíveis (ASK), cresceu 5,8%. Isso levou a uma taxa média de ocupação a 84,6%, 0,7 ponto porcentual acima do nível registrado um ano antes.
No mercado internacional, houve crescimento de 8,5% na demanda, a capacidade avançou 7,1% em outubro, mantendo o fator de ocupação em 84,6%, expansão de 1,1 ponto porcentual na comparação anual. Nos mercados domésticos, o ritmo foi mais moderado: a demanda aumentou 3,4%, com oferta em alta de 3,6% e ocupação praticamente estável (84,6%), ligeira queda de 0,1 ponto porcentual.
Outubro consolidou uma trajetória de recuperação consistente do transporte aéreo, puxada pelo desempenho das companhias norte-americanas segundo o diretor-geral da Iata, Willie Walsh. “Merece destaque o crescimento de 4,5% no tráfego internacional das companhias aéreas sediadas na América do Norte, após vários meses de desempenho praticamente estável”, disse.
O executivo avaliou que a tendência deve se estender para o fim do ano, impulsionada pelas viagens de lazer e pela retomada dos deslocamentos de negócios. A Iata projeta expansão de 3,6% na capacidade programada para novembro e de 4,7% para dezembro, reflexo do reforço de operações para a alta temporada.
Mesmo diante da incerteza econômica esperada para 2026, Walsh ressalta que a solidez da demanda aérea deve ser vista como um ativo estratégico. “A resiliência das viagens aéreas, com os empregos e o crescimento que ela proporciona, é um ponto positivo que os governos devem cultivar com cuidado”, afirmou.
América Latina
As companhias aéreas da América Latina registraram um aumento de 7,2% na demanda em outubro na comparação anual. A capacidade aumentou 8,2% na mesma base comparativa. A taxa de ocupação foi de 84,6% (-0,8 ponto porcentual em comparação com outubro de 2024).
Fonte: Estadão Contúdo
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