

O prefeito Bruno Reis (União Brasil) afirmou nesta terça-feira (25) que o governo Jerônimo Rodrigues (PT) enfrenta um movimento crescente de desgaste político, após a saída de parlamentares que migraram para o grupo de ACM Neto visando as eleições de 2026. “Eu soube que o governo perdeu aí o último final de semana, ao invés de estar trabalhando, estava contendo as insatisfações, estão preocupados”, ironizou.
Apesar das recentes mudanças na base governista, ele ponderou que ainda é cedo para projeções definitivas. “Vamos trabalhar caladinho, sem muito alarde, que ainda tem muita água para passar debaixo dessa ponte, e muita coisa pode acontecer até 2026. Ninguém pode ainda, com convicção, dizer qual será o cenário”, afirmou.
Bruno avaliou que prefeitos podem alterar seus alinhamentos caso promessas do governo estadual não se confirmem. “A Bahia é terra de muro baixo, e os prefeitos conversam, quando se coloca o que tem de promessa e expectativa, a conta não fecha, nem o orçamento da União consegue honrar tanto compromisso. Então é provável, uma tendência, que os acordos e promessas não sejam cumpridos, e com as expectativas se tornando frustração, muitos acabem tomando outras decisões políticas”, disse.
A movimentação recente incluiu nomes como Cafu Barreto, vice-líder do governo na Assembleia, e o deputado Nelson Leal (PP), que deixou a base para assumir a coordenação da campanha de Neto em 2026.
Durante o evento no Alto das Pombas, o prefeito também comentou a influência da eleição presidencial na política local. “Vai ser sempre a eleição nacional que vai decidir a eleição na Bahia? Será que uma hora o povo não vai acordar?”, questionou.
Ele afirmou acreditar em um desejo crescente por mudança. “Com todo o respeito ao presidente, mas ele vai cuidar do Brasil, quem vai cuidar da Bahia é o governador, e as pessoas estão aprendendo isso, e aí já são 20 anos, onde em 15 a Bahia esteve alinhada com o Brasil, no governo do PT. 20 anos onde os principais problemas da Bahia só fizeram piorar”, disse.
Segundo ele, indicadores mostram retrocesso. “É o estado mais violento do Brasil, pior educação, saiu de última para penúltima porque aprovou automaticamente os alunos, se não ficaria em último. Tem a ‘fila da morte’, com o estado sendo o que as pessoas mais morrem nas filas de regulação, é o estado que tem mais pessoas abaixo da linha da pobreza e é o estado com maior número de desempregados. Só fez piorar tudo isso. E ainda querem mais 4 anos disso?”, concluiu.
Foto: Otávio Santos / Secom PMS



