

O Bitcoin voltou ao centro do noticiário econômico após entrar em bear market, reacendendo dúvidas sobre se a queda representa oportunidade ou risco. A criptomoeda sofre com um ambiente global mais avesso ao risco, pressionado por dados de emprego fortes nos EUA, expectativas de juros elevados por mais tempo, fortalecimento do dólar e ceticismo sobre valuations ligados à inteligência artificial. Após renovar máximas históricas, a realização de lucros intensificou a volatilidade e levou o índice Fear and Greed ao nível de “medo extremo”.
Mesmo com o pessimismo de curto prazo, o mercado segue dividido. Exchanges brasileiras registram alta de 40,9% no número de compradores e uma relação de 2,35 para 1 entre compradores e vendedores, sugerindo busca por preços descontados — sobretudo para estratégias de longo prazo. No acumulado de novembro, o BTC já cai mais de 19% e recua mais de 6% em 2025, enquanto os contratos futuros (BITX25) acumulam queda de 21,05% no mês e despencam 30,66% no ano, evidenciando deterioração do apetite ao risco. Com suportes importantes sendo testados e indicadores técnicos próximos de zonas sensíveis, o momento exige cautela, já que novas perdas podem destravar níveis inferiores antes de qualquer recuperação.
Imagem de Jaydeep Joshi por Pixabay