

Segundo números do estudo de Perdas de Água 2025, feito pelo Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (SINISA), a Bahia perde diariamente 42% de sua água potável. O equivale a 389 piscinas olímpicas ou mais de um milhão de caixas d’água. São 972,5 milhões de litros de água desperdiçados ou desviados por dia no estado, o que o coloca no quinto lugar entre os que mais perdem. Os dados são referentes a 2023 e foram divulgados pelo Jornal Correio. Em todo o Brasil, o volume total de água não faturada em 2023,foi de aproximadamente 5,8 bilhões de m³, equivalente ao desperdício diário de 6.346 piscinas olímpicas de água tratada por Shutterstock
A pesquisa mostra que 42,2% da água potável que deveria chegar aos reservatórios da população do estado não completa esse caminho – ou seja, da quantidade de água que sai das estações de tratamento na Bahia, menos de 60% realmente chega para os baianos. O número está acima da média nacional de desperdício, que é de 40,31%.
“Existem dois tipos de perdas: as físicas ou reais, que são as perdas de fato pelo desperdício perdas de água, como vazamento, rompimento de adutora e rompimento de tubulações, e tem as perdas comerciais ou aparentes, que são perdas de uma água que já é tratada, mas não foi faturada. Entram aqui as perdas por roubo, por furto… o famoso gato”, explica Jonatas Sodré, engenheiro sanitarista e integrante do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (Crea-BA). Entre os motivos que fazem com que a perda na Bahia seja tão alta, o especialista enumera fatores como a dimensão do estado, a idade e complexidade do sistema de abastecimento de água e a desigualdade hídrica.
“Porque você não tem mananciais com quantidade e qualidade de água em todo o estado. Então, muitas vezes, nós temos que fazer sistemas integrados de abastecimento de água e esses sistemas integrados de abastecimento de água são sistemas que, por exemplo, captam água numa cidade e percorrem até 200 quilômetros para abastecer outra. Nossas redes são antigas, então a gente pode ter falhas na tubulação, falhas de medição dos macromedidores, dos macromedidores e dos hidrômetros, e pressão inadequada da rede, por exemplo”, diz.(Correio)
Imagem de Thái Đinh Vĩnh por Pixabay