quarta, 19 de novembro de 2025
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BAIANO, EX – SÓCIO DO BANCO MASTER, TAMBÉM FOI PRESO PELA POLÍCIA FEDERAL E TINHA CONTATOS COM POLÍTICOS DA BAHIA. VEJA DETALHES

Redação - 19/11/2025 09:09 - Atualizado 19/11/2025

Um baiano também foi preso na  operação da Polícia Federal que prendeu  o banqueiro Daniel Vorcaro, controlador do Banco Master.

Trata-se do ex-sócio de Vorcaro, o economista Augusto Lima, casado com Flávia Peres, ex-ministra do governo Bolsonaro, ex-deputada federal e ex-mulher do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda.

Lima ingressou no setor bancário em 2018, após uma trajetória inicial no varejo, vendendo velas e abadás. A entrada no mercado financeiro ocorreu durante a privatização da Empresa Baiana de Alimentos (Ebal), dona da rede Cesta do Povo, no governo Rui Costa, quando ele assumiu a parte financeira do negócio  e criou o CredCresta, um cartão de crédito consignado direcionado a servidores públicos.

O produto acabou incorporado ao Master quando ele se tornou sócio de Vorcaro em 2019, tornando-se um dos principais braços de negócio do banco.

Lima tinha enorme  trânsito entre políticos da Bahia e de Brasília. Sempre teve boas relações com os políticos da Bahia a exemplo de Rui Costa, Jacques Wagner,  Antônio Carlos Magalhães Neto (União Brasil) e João Roma (PL), ex-ministro de Cidadania do governo Bolsonaro, seguindo à risca a visão de Vorcaro que dizia ser de esquerda e de direita.

Flávia, sua esposa, foi convidada por Vorcaro e aceitou o convite para ser executiva-chefe do programa de ESG do Master, em  2023, no hotel de alto luxo Rosewood, inaugurado um ano antes.

Já com muitos problemas e um rombo de mais de R$ 12 bilhões houve a tentativa do Banco Master de ser comprado pelo BRB não deu certo, apesar de todo o apoio dos políticos em Brasília e o  Banco Central  rejeitou o plano.

As relações políticas do grupo incluíam senadores, ministros e deputados e, de tal modo, que quando o Banco Central rejeitou a compra pelo BRB o deputado Cláudio Cajado (PP-BA) apresentou  um projeto que permitiria ao Congresso demitir diretores do Banco Central,  buscando impedir que a autoridade monetária vetasse a compra do Master pelo BRB.

Depois disso, Lima deixou o Master, levando o negócio do consignado que havia trazido da Bahia, assumiu o controle do banco Voiter, integrante do grupo, e mudou o nome para Banco Pleno.

A defesa de Lima diz ter recebido “com absoluta surpresa a operação” porque “ele já havia se desligado definitivamente de todas as suas funções executivas no Banco Master em maio de 2024″. Com informações do Jornal Estado de São Paulo.

 

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