

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa Selic em 15% ao ano reflete a continuidade de uma estratégia de juros restritiva diante de uma inflação que ainda se mantém acima da meta. Com esse resultado, a renda fixa segue consolidada como alternativa relevante dentro de um portfólio diversificado. Essa é a avaliação de especialistas da XP após o anúncio desta terça-feira (05).
Para Rodolfo Margato, economista da XP, a decisão veio em linha com as expectativas. “O Copom reconheceu alguma melhora no cenário inflacionário, mas manteve uma postura cautelosa. O Banco Central sinaliza que a taxa atual segue adequada para o momento, reforçando o compromisso com o controle da inflação. Seguimos projetando o início do ciclo de cortesem março, com reduções graduais até 12% ao final do próximo ano”, afirma Margato.
Segundo Larissa Falcão, sócia e líder regional Norte e Nordeste da XP, a manutenção da Selic nesse patamar reforça a importância do planejamento financeiro e da diversificação. “Mesmo em um ambiente de juros elevados, é possível encontrar boas oportunidades. O mais importante é que as escolhas de investimento estejam alinhadas aos objetivos de cada investidor — e é nesse ponto que o assessoramento faz diferença. Contar com orientação especializada permite construir uma carteira equilibrada, com maior exposição em renda fixa quando faz sentido, mas sempre com foco em estratégia de longo prazo”, orienta.
Enquanto os juros básicos permanecem no maior patamar dos últimos 20 anos, os investidores continuam encontrando na renda fixa opções seguras e rentáveis. Para quem busca proteger-se da Selic a 15%, o mercado oferece alternativas como CDBs, LCIs, LCAs e fundos dedicados à renda fixa.
De acordo com Mayara Rodrigues, Analista de Renda Fixa da XP, a estratégia ideal combina diferentes prazos e indexadores. “Ainda que o Copom mantenha um tom conservador, o cenário atual continua favorável para quem investe em renda fixa. Mesmo com a inflação em acomodação, os juros reais seguem em patamar elevado, o que mantém o IPCA+ e os pós-fixados bastante atrativos. À medida que o ciclo de cortes se aproxima, os prefixados têm ganhado mais espaço gradualmente nas carteiras”, avalia.
O comunicado do Banco Central reiterou, em grande parte, as mensagens da reunião anterior (setembro), reforçando a necessidade de manter a taxa de juros em seu nível (15%) “por período bastante prolongado. O Copom tratou o cenário atual com cautela, destacando que “o mercado de trabalho ainda mostra dinamismo” e que a inflação apresentou alguma desaceleração, masse mantem acima da meta.



