

As Tarifas de Intercâmbio (TIC) médias praticadas no mercado de cartões no primeiro semestre de 2025, para a remuneração dos emissores nos arranjos débito e pré-pago, se mantiveram praticamente estáveis, próximas aos limites máximos definidos pela Resolução BCB nº 246, de 2022, de 0,50% e 0,70%, respectivamente. A TIC média observada nos arranjos de crédito foi de 1,68%, um pouco superior se comparada às médias de TICs do primeiro semestre de anos anteriores (1,60% em 2023 e 1,64% em 2024).
Esse aumento na TIC dos cartões de crédito pode ser parcialmente explicado pelo aumento da emissão de cartões considerados “premium” (platinum e superiores), que de maneira geral possuem TIC maiores e que somavam 58,3 milhões de cartões ativos no fim do primeiro semestre de 2025 ante a 50 milhões no mesmo período do ano anterior, o que representou um crescimento médio de 16,7%. No mesmo período de comparação, o cartão de crédito da categoria básico nacional apresentou redução de 24,5% na sua quantidade de cartões ativos.
Considerando os primeiros semestres de 2023, 2024 e 2025, observa-se redução gradual nas taxas praticadas para aceitação dos instrumentos no comércio (taxa de desconto ou MDR – do inglês Merchant Discount Rate), tanto para o cartão de crédito (de 2,32% para 2,22% e, por fim, 2,16%) quanto para o de débito (de 1,14% para 1,10% e, por fim, 1,08).
Os dados são da Estatísticas de Pagamentos de Varejo e de Cartões no Brasil relativas ao primeiro semestre de 2025, disponíveis no Portal Brasileiro de Dados Abertos do Banco Central do Brasil (BCB).
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil