

A Bahia é a unidade da Federação com a 2ª maior proporção de pessoas “descasadas”. Em 2022, 1 em cada 5 moradores do estado com 10 anos ou mais de idade (2.503.044 ou 20,4% do total) já haviam vivido em união conjugal, fosse um casamento formal ou não, mas não viviam mais.
A participação do grupo de “descasados” na população baiana em geral era superior à nacional (18,6%) e inferior apenas à registrada no Rio de Janeiro (21,4%). Santa Catarina (16,1%), Mato Grosso (16,9%) e Pará (16,9%) tinham as menores percentagens de pessoas nessa situação.
Entre 2010 e 2022, a Bahia foi o estado que registrou o maior ganho de participação de pessoas que haviam vivido em união conjugal, mas não viviam mais, no total da população: de 15,6% para 20,4% (mais 4,8 pontos percentuais). Por isso subiu de 3ª para 2ª maior participação, no período, superando Pernambuco.
Nos 12 anos entre um Censo e outro, o grupo dos “descasados” cresceu e aumentou sua participação também no Brasil como um todo (+4,0 pontos percentuais) e em todas 27 unidades da Federação. Depois da Bahia, os maiores ganhos ocorreram em Sergipe (+4,8 pontos percentuais) e Ceará (+4,7 pontos percentuais).
Além do aumento dos “descasados”, na Bahia, entre 2010 e 2022 também cresceram o número e a proporção de pessoas de 10 anos ou mais de idade que viviam em união conjugal, fossem casamentos religiosos e/ou civis ou uniões consensuais, registradas em cartório ou não.
Em 2022, quase metade dos habitantes do estado (48,6% da população de 10 anos ou mais ou 5.967.653 pessoas) viviam em algum tipo de união conjugal. Esse percentual era de 47,1% em 2010 (ou seja, subiu 1,5 ponto percentual).
Ainda assim, a proporção de uniões conjugais na Bahia, em 2022, era menor do que a nacional (51,3%) e a 5ª mais baixa entre os estados. Aquém da Bahia, estavam apenas Rio de Janeiro (48,6% da população de 10 anos ou mais em união conjugal), Amazonas (48,1%), Distrito Federal (47,7%) e Amapá (47,1%). Santa Catarina (58,4%), Rondônia (55,4%) e Paraná (55,3%) tinham as maiores percentagens.
A Bahia era 1 dos 9 estados brasileiros onde menos da metade da população de 10 anos ou mais de idade vivia em união conjugal.
Por sua vez, entre os dois últimos Censos, diminuíram na Bahia tanto o número de pessoas que não viviam e nunca viveram em união conjugal quanto sua participação no total da população de 10 anos ou mais de idade.
Em 2022, 3 de cada 10 moradores do estado (31,0% ou 3.802.512 pessoas de 10 anos ou mais) nunca tinham vivido em união conjugal. Esse grupo de “solteiros” encolheu frente a 2010, quando somava 4.393.381 pessoas, que representavam, à época, 37,4% da população de 10 anos ou mais.
O percentual baiano de pessoas que nunca viveram em união conjugal ficava um pouco acima do nacional (30,2%), mas era apenas o 13º entre os 27 estados, num ranking liderado por Amapá (34,6%), Amazonas (34,5%) e Maranhão (33,9%). No outro extremo, Rio Grande do Sul (25,3%), Santa Catarina (25,6%) e Paraná (27,5%) tinham as menores participações de pessoas que nunca viveram em união conjugal, no total da população de 10 anos ou mais de idade.
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil



