

Hoje, 1º de novembro de 2025, o calendário celebra o Dia de Todos os Santos, uma das datas mais antigas da tradição católica. A festa foi marcada para este dia logo após o 31 de outubro, quando os celtas ingleses celebravam rituais que deram origem ao Halloween.
A mesma data marca o “aniversário de batismo” da Baía de Todos-os-Santos, na Bahia. Em 1º de novembro de 1501, uma expedição portuguesa, comandada por Gaspar de Lemos e acompanhada pelo explorador Américo Vespúcio, chegou à região. Seguindo o costume da Igreja Católica de nomear locais conforme o santo do dia, os navegadores batizaram o território, que antes era chamado de Kirimurê pelos indígenas tupinambás, como Baía de Todos-os-Santos.
Com mais de 520 anos, a baía possui 1.233 km², 56 ilhas e 16 municípios em seu entorno, incluindo Salvador, sendo considerada a maior do Brasil e, segundo alguns especialistas, a segunda maior do mundo, atrás apenas da baía de Bengala, na Ásia. Há controvérsias sobre sua posição, já que alguns defendem que fica atrás da Baía de São Marcos, no Maranhão, mas sua grandiosidade histórica e cultural permanece incontestável.
Reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade, a Baía de Todos-os-Santos foi transformada em Área de Proteção Ambiental (APA) há cerca de 20 anos e, em 2019, ganhou o Parque Natural Municipal Marinho da Barra, com objetivo de preservar espécies marinhas e regulamentar atividades como pesca e esportes náuticos. Historicamente, a baía foi o principal porto do hemisfério sul por cerca de 200 anos, sendo disputada pelas maiores potências da época em cenário de guerras e batalhas comerciais.
Foto: Divulgação/Setur