

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) informou que está preocupada com o risco de paralisação da produção de veículos no país devido à escassez crítica de semicondutores. O impacto nas fábricas do Brasil pode chegar em algumas semanas.
A falta de chips ocorre após o governo holandês assumir o controle da Nexperia — empresa de capital chinês — no mês passado, alegando preocupações com a propriedade intelectual, o que fez a China restringir a exportação de chips e semicondutores.
A decisão foi tomada após pressões dos Estados Unidos e, em resposta, a China impôs restrições à exportação de componentes eletrônicos, o que já afeta a produção em algumas fábricas automotivas na Europa.
Todos as fábricas brasileiras, como Renault, Hyundai, Volkswagen e outras manifestaram preocupação, embora afirmando que ainda não foram identificados impactos significativos no curto prazo para as operações.
Já a A BYD, que tem fábrica em Camacari, disse que, pela estratégia de integração vertical, produzindo internamente a maior parte dos componentes essenciais, o abastecimento de semicondutores não será afetado na planta.
A BYD recebe chips diretamente de sua matriz, na China, o que garante o abastecimento desses itens usados em diferentes funções do veículo, como o gerenciamento do motor, freios, airbags, sistemas de entretenimento, entre outros.
A BYD começou em outubro sua produção no Polo Petroquímico de Camaçari, produzindo o elétrico Dolphin Mini, além dos híbridos Song e King.