

Entre os dias 20 e 25 de outubro, os vencedores da edição 2024 do Prêmio Bahia Sustentável, promovido pela Secretaria do Meio Ambiente da Bahia (Sema), participaram de viagens técnicas de intercâmbio que reforçaram o compromisso do estado com a sustentabilidade, a inovação e o desenvolvimento socioambiental. As experiências, viabilizadas com recursos do Fundo Estadual de Recursos para o Meio Ambiente (Ferfa) e que compõem a premiação, ampliaram o aprendizado dos vencedores e a visibilidade de suas ações em diferentes regiões do país.
De 21 a 25 de outubro, integrantes do projeto “Resiliências Climáticas: boas práticas de adaptação à mudança do clima em áreas costeiras e nos biomas Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga baianos”, coordenado pela ONG italiana Cospe e pelo Grupo Ambientalista da Bahia (Gambá), participaram de um intercâmbio técnico na região do Marajó (PA). A ação teve como objetivo promover a troca de experiências e o fortalecimento de práticas sustentáveis entre os projetos Resiliências Climáticas, premiado na última edição, e Sustenta e Inova, ambos financiados pela União Europeia, favorecendo o intercâmbio de conhecimentos e soluções inovadoras relacionadas à conservação da biodiversidade, ao manejo sustentável dos recursos naturais e à valorização dos produtos da sociobiodiversidade.
Durante a viagem, a comitiva baiana conheceu experiências exitosas implementadas pela Embrapa Amazônia Oriental e pelo Projeto Sustenta e Inova, com destaque para as atividades dos Centros de Referência Manejaí, espaços comunitários de formação e inovação social criados para fortalecer capacidades locais e fomentar práticas de manejo sustentável. A programação incluiu visitas técnicas a comunidades locais em municípios como Muaná, Breves, Portel e Bagre, onde os participantes acompanharam atividades voltadas à conservação e restauração de agroecossistemas, beneficiamento e comercialização de produtos da sociobiodiversidade, agroindustrialização comunitária, transição agroecológica e promoção da sociobioeconomia. O grupo também visitou feiras locais, como o tradicional Mercado Ver-o-Peso, em Belém, e o mercado de Breves, conhecendo de perto a diversidade e o papel econômico dos produtos da floresta.
“A experiência na região do Marajó foi especialmente marcante. Pudemos observar de perto como, mesmo com poucos recursos, é possível alcançar resultados expressivos quando há responsabilidade compartilhada entre comunidades, instituições públicas e privadas. Vimos iniciativas que unem sustentabilidade, inclusão social e geração de renda — desde o manejo de mínimo impacto dos açaizais nativos até o cultivo de outras espécies em sistemas agroflorestais integrados”, destacou a especialista em Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Marlei Figueredo, lotada na Coordenação de Gestão de Fundos (COGEF).
Fotos: Divulgação/Inema



