sexta, 24 de outubro de 2025
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LULA LISTA PONTOS PARA NEGOCIAÇÃO COM TRUMP SOBRE TARIFAÇO

João Paulo - 24/10/2025 07:47

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tratou como certa a reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Malásia durante coletiva de imprensa em Jacarta, na Indonésia, nesta sexta-feira (24). Ele disse que não há “assunto proibido” que não possa ser tratado no encontro. A expectativa é de que Lula se encontre com Trump em Kuala Lumpur, na Malásia, no domingo (26). Se confirmado, será o primeiro encontro oficial entre Lula e Trump desde o início da crise provocada pelo tarifaço de 50% aplicado pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.

A reunião ainda não foi oficialmente confirmada pelos governos brasileiro e dos EUA. Lula também listou os pontos que pretende abordar, como o comércio entre os países e as sanções dos EUA aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). “Tenho todo interesse nessa reunião, mostrar que houve equívoco nas taxações, mostrar com números”, disse o presidente. O Itamaraty separou parte do domingo para que o presidente Lula realize reuniões bilaterais. Até a manhã desta terça-feira (21), estava confirmado apenas um encontro com o primeiro-ministro Narendra Modi, da Índia.

Lula chegou à Malásia nesta sexta-feira (24) para participar de encontro com líderes asiáticos da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). É a segunda etapa da viagem de uma semana pela Ásia. Ele esteve antes na Indonésia, onde foi recebido pelo presidente Prabowo Subianto.Ao responder o correspondente internacional da TV Globo Felippe Coaglio, o presidente afirmou que a reunião é esperada há um tempo e que “sempre disse que, quando Trump quisesse conversar, o Brasil estava à disposição”.

O presidente disse acreditar que a “relação humana é química” e que fazer de forma digital não tem o mesmo resultado que uma conversa presencial: “Olho no olho, pegar na mão, abraçar a pessoa”. Lula afirmou que depois da ligação telefônica com Trump os dois estão caminhando para mostrar que “não há divergência que não possa ser resolvida quando duas pessoas sentam na mesa para conversar”. Para o presidente brasileiro, será uma reunião livre, e que eles poderão dizer o que quiserem, e também ouvir o que não quiserem. “Convencido que vai ser bom para o Brasil e para os Estados Unidos, vamos voltar à nossa normalidade”, afirmou Lula.

Foto: Ricardo Stuckert / PR

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