

O município de Irecê sediou, nesta quinta (23) e sexta-feira (24), o 2º Seminário sobre Milho Sustentável: Produção não Transgênica e Resiliência Climática no Cooperativismo Rural, realizado na sede da Cooperativa Agropecuária Mista Regional de Irecê (Copirecê). O evento, que reuniu agricultores familiares, técnicos, especialistas e instituições parceiras, contou com o apoio do Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR).
O seminário teve como objetivo aprofundar o debate sobre o milho não transgênico como alternativa sustentável, economicamente viável e estratégica para o fortalecimento da autonomia produtiva no campo. Ao longo da programação, foram discutidos temas como inovação tecnológica, manejo resiliente diante das mudanças climáticas e ampliação de mercados diferenciados para produtos sustentáveis oriundos da agricultura familiar.
O encontro deu sequência ao dia de campo realizado na Fazenda Escola da Copirecê, onde agricultores tiveram acesso a novas variedades e experiências produtivas voltadas ao aumento de renda, como o milho-pipoca não transgênico. A iniciativa é acompanhada por técnicos do projeto Bahia que Produz e Alimenta, executado pela CAR com financiamento do Banco Mundial.
Durante o evento, o diretor-presidente da CAR, Jeandro Ribeiro, destacou o papel da cooperativa como referência estadual na produção de base sustentável. “A Copirecê é uma cooperativa potente, liderada por mulheres, que vem transformando a vida de agricultores familiares em toda a região. Estamos aqui hoje para fortalecer essa parceria que gera renda, protege o território e cria oportunidades”, afirmou.
A presidente da Copirecê, Zene Vieira, ressaltou a importância do seminário e a expansão do debate para diferentes territórios do estado. “Este ano, o seminário ganhou ainda mais força. Estamos recebendo participantes de seis territórios, com mais de 310 agricultores presentes. Trouxemos uma programação técnica robusta, com nomes como a Embrapa Sorgo e Milho e a Embrapa Cerrado, discutindo temas essenciais como redesenho de paisagens, zoneamento agrícola e a crise hídrica em Irecê”, destacou.
A participação de especialistas e instituições parceiras reforçou a visão de que a produção não transgênica é possível, sustentável e estratégica, contribuindo para inserir a Bahia em novos nichos de mercado e gerar maior valor agregado para as famílias rurais.
Foto: Karoline Meira/CAR_GovBA



