A Bracell, uma das líderes globais na produção de celulose solúvel, realizou, nesta terça-feira, 21, o Seminário Bracell 2030 – O Brasil na vanguarda do clima: da bioindústria à economia regenerativa. Às vésperas do principal evento que discute o combate às mudanças climáticas globais, COP30, a companhia promoveu um debate sobre como o Brasil pode liderar a agenda climática mundial, impulsionado pela inovação da bioindústria e por uma nova economia. Durante a programação, a companhia também prestou conta e apresentou os dados atualizados de sua agenda estratégica de sustentabilidade para 2030, que reúne metas e compromissos para ampliar os impactos positivos de sua operação na cadeia de valor.
“Acreditamos verdadeiramente que o Brasil tem potencial para liderar a agenda climática global, buscando novas soluções baseadas em regeneração, circularidade e inovação. Na Bracell, nossas operações no Brasil são guiadas pela filosofia dos 5C’s: tudo o que fazemos deve ser bom para a Comunidade, para o País, para o Clima – uma das razões pelas quais estamos aqui hoje – e para o Cliente. Só assim será bom também para a Companhia. E temos orgulho em dizer que nossas operações no Brasil são positivas para o clima, absorvendo mais carbono do que emitimos”, declarou o presidente da Bracell, Praveen Singhavi, em seu discurso inicial.
O coordenador global da Nature Positive Initiative e ex-diretor geral da WWF International, Marco Lambertini, defendeu o caminho da recuperação da natureza: “Ela deve estar no centro das decisões econômicas, empresariais e de políticas públicas. Deter e reverter a perda de biodiversidade até 2030 é uma meta equivalente, em importância, à de alcançar a neutralidade de carbono para o clima”.
Mediado pela jornalista Leila Sterenberg, o evento também contou com um painel sobre economia verde, que teve os painelistas Ana Toni, CEO da COP30; Joaquim Levy, diretor de Estratégia Econômica e Relacionamento com o Mercado do Safra; Paulo Hartung, presidente executivo da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá); e Antônio Joaquim, conselheiro de empresas.
Ana Toni, CEO da COP30, destacou que a conferência sediada pelo Brasil representa um ponto de virada na integração entre economia e clima. “A COP30 é mais do que um evento: é um processo coletivo de transformação. Estamos dando visibilidade a novos modelos de negócios baseados em restauração, bioeconomia e agricultura regenerativa, soluções que já existem no Brasil e que precisam ser escaladas. É esse movimento, somado à mobilização do setor privado e de governos subnacionais, que vai acelerar a implementação da agenda climática”, afirmou.
O segundo painel “Como os setores público e privado podem impulsionar a transição verde” teve a participação de Natália Resende, secretaria de Meio Ambiente Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo; Jaime Verruck, secretário de Meio Ambiente, Tecnologia e Inovação do Estado do Mato Grosso do Sul; e o embaixador José Carlos Fonseca, presidente da Empapel e Relações Internaiconais da Ibá.
“A transição verde exige planejamento de longo prazo, inovação e articulação entre governos, setor privado e comunidades. No Mato Grosso do Sul, estruturamos políticas que integram conservação, produção e pagamento por serviços ambientais, mostrando que é possível atrair investimentos e proteger a biodiversidade ao mesmo tempo”, declarou Jaime Verruck, secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Mato Grosso do Sul.
Bracell apresenta os avanços das metas de sustentabilidade
A atualização das metas e compromissos do Bracell 2030 foi apresentada por Márcio Nappo, vice-presidente de Sustentabilidade da Bracell. “Dois anos após o lançamento do Bracell 2030, os avanços mostram que estamos no caminho certo. Superamos a meta do Compromisso Um-Para-Um e hoje conservamos mais áreas nativas do que plantamos. Isso reafirma nosso entendimento de que é possível crescer preservando. Também estamos muito próximos de atingir a meta de 30% de mulheres em cargos de liderança, reforçando nosso compromisso com a diversidade e a inclusão. Seguimos determinados a fazer da Bracell uma referência em sustentabilidade, com impacto positivo no clima, na biodiversidade e nas pessoas”, destacou.
Além das apresentações e debates, os representantes do governo, parceiros, clientes, formadores de opinião e colaboradores presentes visitaram ativações que mostravam o funcionamento de algumas iniciativas e projetos da companhia, como o mosaico florestal, a simbiose entre as fábricas de celulose e de papel tissue e o projeto de costura sustentável do Bracell Social.
Foto: Acervo Bracell