O estado de Pernambuco vai ganhar nesta segunda-feira (20) um centro de inovação e tecnologia que funcionará como um berçário para desenvolver projetos que impulsionem a produtividade da indústria da região e de todo o país. A estrutura montada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Pernambuco (Senai-PE) foi batizada de Senai Park e fica na cidade de Ipojuca, na região metropolitana do Recife.
A instalação de 1,4 hectare – quase um campo de futebol e meio – é dividida em módulos e fica nos arredores de dois outros locais que são referência para o setor industrial nordestino: a refinaria da Petrobras Abreu e Lima e o Porto do Suape.
O espaço servirá para que indústrias possam montar as chamadas plantas-piloto, que funcionarão como ambiente de testes para o desenvolvimento de produtos e tecnologias. É como se fossem minifábricas, de forma que seja mais fácil testar e avaliar soluções, procedimentos e inovações.
De acordo com o diretor de Inovação e Tecnologia do Senai-PE, Oziel Alves, o objetivo é fornecer aos industriais caminhos para a se chegar à “indústria do futuro”.
“O grande propósito é desenvolver novas tecnologias, colocá-las no mercado, levar para um cenário real industrial, para que possamos efetivamente mostrar essas tecnologias em operação”, descreveu.
O espaço de inovação já conta com dois projetos contratados que somam R$ 100 milhões em investimentos, ambos relacionados à transição energética.
Um tem como objeto desenvolver a cadeia do hidrogênio verde, um combustível limpo. O segundo trata de produção de baterias de lítio, essenciais para a crescente frota de carros híbridos e elétricos.
Há a expectativa de captar mais R$ 200 milhões em outros desenvolvimentos. Um desenvolverá sistema de radar para frenagem automática de veículos. Outro, com a petroleira multinacional americana ExxonMobil, envolve drones com funções específicas em plataformas de petróleo em alto-mar.
Com o desenvolvimento de tecnologias no Senai Park, as indústrias participam de uma espécie de divisão de riscos, uma vez que não assumem sozinhas todo o processo de inovação, uma vez que já encontram um “berçário” estruturado.
(Agência Brasil)
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil