MUNIZ ADMITE POSSIBILIDADE DE APOIO DO PSDB A JERÔNIMO NAS ELEIÇÕES DE 2026

O presidente da Câmara Municipal de Salvador, Carlos Muniz (PSDB), afirmou que o partido pode apoiar o governador Jerônimo Rodrigues (PT) nas eleições de 2026. Em entrevista à rádio Baiana FM 89.3, o vereador explicou que a decisão dependerá das articulações políticas conduzidas pela direção estadual do partido.

“Eu já tive várias conversas com Adolfo [Viana, presidente estadual do PSDB]. Adolfo me falou que não está fechado ainda o apoio para ACM Neto. Pode ser construído. […] Nada na nossa vida é impossível. Depende de conversas”, declarou.

Atualmente aliado do grupo do ex-prefeito ACM Neto, Muniz não descartou uma reconfiguração política. “Você tem que ter um partido que faça deputados, que tenha protagonismo em relação a todos os que estejam apoiando”, observou.

Sobre o prefeito Bruno Reis (União Brasil), Muniz negou divergências e reafirmou que o acordo firmado entre Bruno e Adolfo Viana foi cumprido. “Ele tinha uma conversa com Adolfo Viana, não com Carlos Muniz. A conversa que teve foi que seria um espaço, foi conversado. E que foi entregue. Então se você me perguntar, Bruno cumpriu a palavra com o PSDB? Enquanto eu fiz o acordo, cumpriu 100%”, afirmou.

Muniz também comentou o cenário estadual e disse acreditar que o senador Angelo Coronel (PSD) tentará a reeleição. “Se Otto Alencar impor que o candidato é do PSD e é Coronel, o governo, nem Jerônimo, nem Wagner, nem Rui, irá brigar com ele. O PSD é muito forte. O PSD é mais forte do que o PT em relação à prefeitura e à força do Estado”, avaliou.

Para ele, é provável que Jaques Wagner (PT) não concorra novamente ao Senado. “Rui abriu mão de ser senador para fazer Jerônimo governador. Eu enxergo que Wagner pode fazer o mesmo. Ele é uma pessoa democrática e, se quiser coordenar a campanha de Lula ou até ser ministro, é muito possível”, disse.

O vereador ainda elogiou o vice-governador Geraldo Júnior (MDB), a quem chamou de “amigo e irmão”, mas afirmou que não há alinhamento político entre eles. “Politicamente, hoje, nós não estamos unidos. Eu não tenho como dizer a você que vou apoiar o filho dele”, declarou.

Foto: Valdemiro Lopes