A OpenAI vai permitir conteúdo erótico no ChatGPT para usuários com mais de 18 anos. O anúncio foi feito por Sam Altman, presidente da empresa, em publicações no X nos dias 14 e 15 de outubro.
A mudança começa em dezembro e faz parte da política que ele chamou de “tratar adultos como adultos”. Além de conteúdo erótico a plataformas inclui a criação de aplicativos adultos sob regras rígidas de segurança e verificação de idade.
Os apps vão poder oferecer experiências de sexting, geração de imagens eróticas com consentimento ou até assistentes virtuais voltados ao público adulto, sempre dentro de regras específicas.
Internamente, o projeto é visto como parte da estratégia de transformar o ChatGPT em uma plataforma aberta, uma espécie de “loja de aplicativos” baseada em IA.
Na prática, os usuários adultos vão poder interagir com o ChatGPT em conversas de cunho erótico, criar histórias com conteúdo sexual e, em alguns casos, gerar imagens dentro dos novos apps adultos. Esses aplicativos vão funcionar como extensões internas do ChatGPT, criados por desenvolvedores parceiros da OpenAI e liberados apenas para contas verificadas.
A liberação, no entanto, não será total. Ainda não está claro que tipo de material poderá ser classificado como “erótico permitido”, mas a empresa promete definir limites até o lançamento oficial da nova versão do chatbot. A ideia seria equilibrar liberdade de criação com segurança, afirmou o CEO.
Altman afirmou que a flexibilização não se aplica a pedidos que possam causar dano a terceiros ou envolver pessoas em sofrimento psíquico. Ele explicou que usuários em crise serão tratados “de forma muito diferente” e que o chatbot continuará bloqueando mensagens perigosas.
O anúncio provocou críticas nas redes sociais. Parte do público questionou se a verificação de idade será suficiente para impedir o acesso de menores ao conteúdo erótico. A OpenAI afirma que vai exigir confirmação por documento e oferecer configurações extras para pais e responsáveis.
A decisão ocorre após um processo judicial contra a empresa nos Estados Unidos. Um casal da Califórnia acusa o ChatGPT de ter incentivado o filho de 16 anos a tirar a própria vida.