Nos últimos dias, clientes da Caixa Econômica Federal chamaram atenção nas redes sociais ao relatar que conseguiram fazer Pix mesmo sem saldo na conta, com transferências que chegaram a R$ 1.453,23. Apesar de parecer uma nova função do banco, o recurso não é um benefício da Caixa, mas sim uma forma de usar o limite do cartão de crédito como dinheiro, por meio de aplicativos parceiros e carteiras digitais.
Na prática, o cliente faz um Pix a partir do limite do cartão, e o valor é enviado na hora para a conta de destino. A cobrança aparece depois na fatura do cartão, como se fosse uma compra comum — e em alguns aplicativos, é possível parcelar o valor. A modalidade vem se popularizando entre usuários de bancos digitais e pode ser útil em situações de emergência, mas exige atenção: as taxas cobradas variam de 3% a 8%, o que pode encarecer a transação, especialmente em caso de parcelamento.
Apesar da repercussão, a Caixa não oferece Pix direto do limite do cartão em seu aplicativo oficial. Por isso, quem optar por usar o serviço deve redobrar os cuidados e priorizar plataformas conhecidas e seguras.
Desde o lançamento, em novembro de 2020, o Pix já movimentou R$ 76,2 trilhões, em mais de 176 bilhões de transações. O recorde foi registrado em 6 de junho de 2025, com 276,7 milhões de transferências em um único dia. Com a chegada da regulamentação do Pix parcelado, a expectativa é que mais de 60 milhões de brasileiros que hoje não têm acesso ao crédito tradicional possam se beneficiar do sistema — desde que com planejamento financeiro e responsabilidade.
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