Os processos movidos pela coligação Renovação e Mudança (MDB, Podemos e PP) contra a prefeita Eliete Araújo (PSD) e o vice Teobaldo Santana reacenderam o debate sobre abuso de poder econômico e compra de votos, temas que têm marcado discussões políticas no município nos últimos anos. “Agora parece ser a hora da verdade. Muita coisa foi dita, muita promessa foi feita, e o povo quer saber o que é verdade e o que não é”, disse um comerciante local, pedindo para não ter o nome revelado. As audiências, que ocorrerão pela manhã e à tarde, devem reunir testemunhas e apresentar novas provas. A expectativa é de que o Ministério Público Eleitoral se manifeste após as oitivas, podendo encaminhar o caso para decisão definitiva do juiz eleitoral.
Apreensão entre servidores e clima tenso na gestão
Nos bastidores, o clima dentro da administração municipal é de preocupação entre comissionados e aliados políticos.
Uma servidora ligada à gestão afirmou, em conversa reservada, que “muitos estão apreensivos com o que pode vir pela frente”. Segundo ela, “há quem diga que as provas apresentadas pela oposição são fortes e que a prefeita pode enfrentar dificuldades”.
Enquanto isso, na rua, o sentimento é de desconfiança.
Um morador da zona rural resumiu o que muitos comentam:
“Aqui a política sempre teve dessas coisas, promessa, ajuda, favor… mas dessa vez parece que o negócio foi longe demais. Vamos ver se a Justiça faz valer a lei.”
Advogados da oposição falam em provas robustas
Os advogados da coligação Renovação e Mudança afirmaram que o material apresentado à Justiça contém provas sólidas de abuso de poder econômico e captação ilícita de sufrágio.
Segundo a equipe jurídica, foram reunidos vídeos, áudios, mensagens e depoimentos que demonstrariam a influência indevida do poder público no processo eleitoral.
“Estamos tranquilos quanto ao trabalho realizado. As audiências devem confirmar o que os documentos já mostram. Acreditamos que a Justiça tomará a decisão correta com base nas evidências”, declarou um dos advogados da coligação.
Nos bastidores, a avaliação entre opositores é de que o caso entrou em uma fase decisiva, e que as provas apresentadas podem ter grande impacto político e jurídico para a atual gestão.
Justiça sob os holofotes
As ações pedem a cassação dos mandatos por suposta compra de votos e abuso de poder econômico. Documentos obtidos pela reportagem mostram que o Ministério Público Eleitoral pediu a rejeição das preliminares da defesa e a realização das audiências de instrução, etapa em que as partes apresentarão testemunhas e provas.
Do outro lado, a prefeita Eliete Araújo divulgou nota afirmando que não há decisão judicial contra ela e que o processo “ainda está em fase inicial”. Segundo a gestora, “as informações divulgadas pela oposição não procedem” e “a verdade será esclarecida com transparência”.
Oposição fala em confiança na Justiça
O ex-candidato Jeosafa Carneiro afirmou confiar “plenamente na Justiça” e reforçou que sua coligação dispõe de provas e testemunhas que comprovam as denúncias.
“A gente confia que a Justiça vai agir com base na lei. Fizemos uma campanha limpa e queremos apenas que o que está nas urnas e na lei seja respeitado”, declarou.
As próximas horas prometem ser decisivas para o futuro político de Nordestina. A cidade, que vive dividida entre o apoio à gestão e as denúncias da oposição, aguarda atenta o desfecho das audiências que prometem revelar o que há de fato por trás das acusações.
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