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HAMAS ANUNCIA QUE ESTÁ AVALIANDO PLANO DE PAZ PARA GAZA APRESENTADO POR TRUMP

João Paulo - 30/09/2025 08:00 - Atualizado 30/09/2025

O grupo terrorista Hamas anunciou que está avaliando o plano de paz para Gaza apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo o grupo, que controla o enclave palestino, a definição não será tomada rapidamente e pode durar muitos dias. A afirmação foi revelada por um representante do grupo à AFP de forma anônima. ‘O Hamas inicia uma série de consultas entre seus dirigentes políticos e militares, tanto dentro como fora da Palestina. As conversas podem durar vários dias, por conta da complexidade, em particular para coordenar a comunicação entre os membros da liderança e os movimentos’, disse o integrante.

O ministério das Relações Exteriores do Catar disse que a delegação do grupo prometeu estudar o plano de ‘maneira responsável’. A informação foi divulgada pelo porta-voz, Majed al-Ansari. A proposta prevê anistia para os terroristas do Hamas que entregarem as armas; libertação de todos os reféns israelenses em 72 horas após o acordo; e a presença de uma força militar internacional para o território palestino.

Assim que todos os reféns forem libertados, Israel libertará 250 prisioneiros condenados à prisão perpétua, além de 1.700 moradores de Gaza que foram detidos após 7 de outubro de 2023, incluindo todas as mulheres e crianças detidas naquele contexto. A proposta foi anunciada por Donald Trimp na Casa Branca após uma reunião com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que já aceitou o acordo, desenhado com a contribuição dos países árabes e europeus.

O plano de paz tem 20 pontos e prevê o fim imediato da guerra; e o estabelecimento de um governo de transição formado por palestinos e especialistas internacionais, que vai responder a um Conselho da Paz comandado pelo presidente Donald Trump. A iniciativa também prevê discussões para a formação de um Estado palestino no futuro, sem nenhuma participação do Hamas.

Pela proposta de Donald Trump, ninguém será forçado a deixar a Faixa de Gaza, e aqueles que desejarem sair serão livres para fazê-lo e retornar. Toda a infraestrutura militar, terrorista e ofensiva, incluindo túneis e instalações de produção de armas, será destruída e não reconstruída. Também haverá um processo de desmilitarização do território sob a supervisão de monitores independentes.

O presidente americano afirmou que, se o grupo terrorista rejeitar o plano para o fim da guerra, Israel vai ter todo o apoio dos Estados Unidos para destruí-lo. A autoridade Palestina manifestou apoio ao plano de Donald Trump, assim como Itália, França e Reino Unido. Os governos de países árabes, como Arábia Saudita, Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Egito e Catar, disseram – em um comunicado conjunto – que estão prontos para implementar o acordo. (G1)

 

Foto: Bashar TALEB / AFP

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