Os microempreendedores individuais (MEI) e os donos de micro e pequenas empresas tiveram, juntos, em 2024, uma renda anual estimada em R$ 717 bilhões. A estimativa foi feita pelo Sebrae a partir do cálculo da renda familiar média dos empreendedores brasileiros no ano passado. Enquanto os MEI geraram em um ano R$ 224 bilhões em renda, as micro e pequenas empresas responderam por R$ 492 bilhões. Os dados constam da segunda edição do Atlas dos Pequenos Negócios, que o Sebrae lançou nessa quarta-feira (24).
O presidente do Sebrae, Décio Lima, diz que os dados compilados no Atlas comprovam a importância dos pequenos negócios não apenas para a economia do país, mas para a manutenção dos milhões de empreendedores e suas famílias. “Somos um país de pequena economia que está dando um resultado fantástico. Os empreendedores são viradores profissionais. E, na linha de frente, estão os microempreendedores individuais (MEI) — aqueles que nunca desistem, que acordam de manhã e sabem correr atrás do próprio sustento”, afirma.
Os números mostram que a renda média familiar mensal do empreendedor de MPE é mais que o dobro que renda do MEI. Para Décio Lima, é fundamental que a Reforma Tributária e outras medidas que estão em curso no Congresso Nacional protejam e ampliem as conquistas já consolidadas, como o Simples Nacional. “Foi o presidente Lula quem criou o Simples Nacional, sancionou a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, instituiu a figura jurídica do Microempreendedor Individual (MEI) e criou, mais recentemente, o Ministério do Empreendedorismo, dando ao tema a relevância de política de Estado. Precisamos atualizar o atual limite de faturamento do MEI, fixado há nove anos. A realidade econômica do Brasil é outra e, hoje, o brasileiro quer ser empreendedor”, conclui.
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil