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SUPLEMENTOS SÃO ALIADOS PARA UM EMAGRECIMENTO SAUDÁVEL

João Paulo - 24/09/2025 10:48

Nos últimos meses, o debate sobre emagrecimento ganhou força com a chegada das canetas emagrecedoras. De acordo com o Google Trends, os medicamentos já representam quase o dobro das consultas no buscador Google em relação às dietas. Porém, apesar de sua popularidade, especialistas alertam que não existe uma fórmula mágica e o assunto emagrecimento deve ser tratado com responsabilidade.

Para a nutricionista Cindi Matos, o primeiro passo em qualquer plano de emagrecimento é buscar um profissional qualificado para uma anamnese criteriosa, que vai avaliar a saúde geral do paciente e investigar a presença de doenças que impactam no emagrecimento, como a Síndrome do Ovário Policístico (SOP), resistência à insulina e problemas gastrointestinais. Além disso, são avaliados exames importantes, como função da tireoide, hormônios, colesterol, insulina, vitaminas e o uso de medicamentos que podem interferir nesse processo, como antidepressivos, corticoides e anticoncepcional.

“Precisamos considerar também os aspectos emocionais e comportamentais, gatilhos de fome emocional, relação com a comida e qual a motivação real do paciente com o emagrecimento, se é estética ou por motivo de saúde, por exemplo”, diz a nutricionista. Ela complementa que o plano precisa considerar ainda o estilo alimentar, as preferências pessoais, o nível de atividade física, padrão de sono e como a pessoa lida com o estresse diário.

Ativos são aliados

Alguns ativos podem auxiliar nesse plano de emagrecimento, sempre com o acompanhamento e orientação de um profissional capacitado e voltado às necessidades e restrições do paciente. Os fitocompostos, nutracêuticos, antioxidantes e probióticos são exemplos de ativos que podem ser suplementados.

“Os ativos vão agir na prevenção e no gerenciamento do peso, por uma variedade de mecanismos, como ação antioxidante, desinflamando o corpo, moderando o apetite, regulando os níveis de adipocinas, aumentando ou estimulando os níveis de taxa metabólica e a termogênese, além de atuar na redução de absorção de gordura ou carboidratos refinados”, explica Rosana Amorim, farmacêutica da Singular Pharma.

A nutricionista Cindi Matos reforça a importância do uso de ativos manipulados em um plano alimentar, contemplando as particularidades e restrições de cada indivíduo, mas alerta que eles não substituem uma alimentação equilibrada. “Esses ativos ajudam numa personalização de verdade, desde que integrados a uma dieta com acompanhamento nutricional, como, por exemplo, a combinação de fibras com probióticos, que oferece uma sinergia para a microbiota. Desse modo, mostramos que o ativo é um complemento e não uma solução isolada”, opina a nutricionista.

A farmacêutica Rosana Amorim esclarece que, diferente de medicamentos prontos, como as canetas emagrecedoras, os ativos manipulados são produzidos de forma personalizada e individualizada, conforme a prescrição dos profissionais médicos e nutricionistas. “Outra diferença é para as pessoas que possuem dificuldade de ingerir medicamentos, pois o profissional de uma farmácia de manipulação pode avaliar formas farmacêuticas alternativas, conservando os benefícios de cada medicamento”, complementa.

Alguns dos principais ativos suplementados incluem:

– Nutracêuticos, que ajudam a aumentar a atividade do GLP-1 endógeno ou estimular a ação do GLP-1 no organismo;

– Akkermat (fitoativo do Capsicum frutescens);

– Biomansia (Akkermansia muciniphila);

– Berberina;

– Corebiome (butirato, ácido graxo de cadeia curta microencapsulado);

– Probióticos e prebióticos, que melhoram a saúde digestiva, fortalecem o sistema imunológico, promovem a saciedade, proporcionando perda de peso corporal, melhoram a resistência insulínica e o perfil lipídico, alteram o perfil da microbiota intestinal, o que pode também influenciar a produção e a ação do GLP-1.

Riscos das soluções milagrosas

A busca por soluções rápidas de emagrecimento e sem orientação nutricional pode ser muito perigosa para a saúde e para a manutenção a longo prazo. Alguns exemplos comuns são: efeito sanfona, deficiências nutricionais, riscos metabólicos e hormonais, problemas gastrointestinais e risco de mascarar os sintomas de doenças, como o de resistência insulínica, SOP ou hipotireoidismo.

Crédito da imagem: Freepik

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