Os tratamentos voltados à saúde sexual masculina são variados e, em alguns casos, bastante curiosos. Um deles envolve uma espécie de fisioterapia peniana, com o uso de bombas e extensores para tratar uma condição conhecida como Doença de Peyronie.
Essa doença é caracterizada pela formação de um tecido fibroso no órgão sexual, geralmente causada por traumas, lesões ou outros fatores. Entre os principais sintomas estão a curvatura acentuada do pênis e outras deformidades que provocam dor e afetam a vida sexual.
Embora ainda pouco adotada, a fisioterapia peniana é uma alternativa escolhida por 6,04% dos pacientes na fase inflamatória da doença. O dado faz parte de um panorama conduzido pelo Dr. Paulo Egydio, com base nas informações de 1.902 pacientes atendidos em seu consultório de urologia.
Os exercícios penianos são indicados principalmente na fase inicial da Doença de Peyronie, quando o processo inflamatório ainda está ativo. O objetivo é evitar a retração dos tecidos e preservar a função erétil. Com a devida orientação médica, muitos desses exercícios podem ser feitos em casa.
Entre as técnicas mais comuns está a terapia manual, que consiste em tracionar o pênis de forma controlada. O procedimento deve ser realizado com o órgão em estado flácido, sem provocar dor, e por períodos de até 10 minutos.
Além da terapia manual, também podem ser indicados dispositivos como extensores e bombas penianas. Esses aparelhos auxiliam no alongamento dos tecidos, melhoram a elasticidade e, em alguns casos, ajudam na obtenção de ereções.
Apesar de parecerem simples, essas técnicas exigem avaliação prévia de um urologista. Quando associadas a medicamentos, costumam apresentar resultados mais eficazes no controle da curvatura, segundo o Dr. Paulo Egydio.
A pesquisa revelou que a maior parte dos homens com Doença de Peyronie não inicia o tratamento durante a fase inflamatória. De acordo com o levantamento, 63,19% não adotaram nenhuma abordagem ao notar os primeiros sintomas.
Entre os que buscaram ajuda precocemente, 18,68% utilizaram vitamina E, enquanto 13,74% recorreram à colchicina, substância que pode ajudar a reduzir a inflamação. Além disso, o uso de anti-inflamatórios orais foi citado por 12,09% dos pacientes.
Já terapias como ondas de choque, fisioterapia peniana, extensores e bombas foram adotadas por menos de 7% dos entrevistados. Os dados revelam uma baixa adesão a métodos que poderiam retardar a progressão da doença.
Especialistas reforçam que a Doença de Peyronie não deve ser tratada sem orientação médica. Embora alguns exercícios possam ser realizados como complemento, o acompanhamento profissional é essencial para garantir segurança e eficácia.
Ainda na fase inicial, é possível adotar terapias clínicas como as citadas na pesquisa, desde que indicadas por um médico. Esses métodos podem ajudar a conter o avanço das fibroses e a preservar a função sexual.
Nos casos mais avançados, quando há calcificações, perda de comprimento ou danos vasculares, a cirurgia passa a ser considerada a abordagem mais eficaz. A Técnica Egydio é uma das opções disponíveis para tratar os quadros mais graves.
Vale ressaltar que este conteúdo tem caráter informativo e não substitui a consulta com um profissional de saúde. Ao perceber sintomas ou alterações penianas, é essencial buscar avaliação médica especializada para diagnóstico e tratamento adequados.
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