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DOENÇA DE PEYRONIE: TÉCNICA DE FISIOTERAPIA PENIANA É APOSTA PARA CONTER DEFORMAÇÕES

João Paulo - 22/09/2025 11:20 - Atualizado 22/09/2025

Os tratamentos voltados à saúde sexual masculina são variados e, em alguns casos, bastante curiosos. Um deles envolve uma espécie de fisioterapia peniana, com o uso de bombas e extensores para tratar uma condição conhecida como Doença de Peyronie.

Essa doença é caracterizada pela formação de um tecido fibroso no órgão sexual, geralmente causada por traumas, lesões ou outros fatores. Entre os principais sintomas estão a curvatura acentuada do pênis e outras deformidades que provocam dor e afetam a vida sexual.

Embora ainda pouco adotada, a fisioterapia peniana é uma alternativa escolhida por 6,04% dos pacientes na fase inflamatória da doença. O dado faz parte de um panorama conduzido pelo Dr. Paulo Egydio, com base nas informações de 1.902 pacientes atendidos em seu consultório de urologia.

Como funciona a fisioterapia para a Doença de Peyronie

Os exercícios penianos são indicados principalmente na fase inicial da Doença de Peyronie, quando o processo inflamatório ainda está ativo. O objetivo é evitar a retração dos tecidos e preservar a função erétil. Com a devida orientação médica, muitos desses exercícios podem ser feitos em casa.

Entre as técnicas mais comuns está a terapia manual, que consiste em tracionar o pênis de forma controlada. O procedimento deve ser realizado com o órgão em estado flácido, sem provocar dor, e por períodos de até 10 minutos.

Além da terapia manual, também podem ser indicados dispositivos como extensores e bombas penianas. Esses aparelhos auxiliam no alongamento dos tecidos, melhoram a elasticidade e, em alguns casos, ajudam na obtenção de ereções.

Apesar de parecerem simples, essas técnicas exigem avaliação prévia de um urologista. Quando associadas a medicamentos, costumam apresentar resultados mais eficazes no controle da curvatura, segundo o Dr. Paulo Egydio.

Maioria dos pacientes não busca tratamento na fase inicial

A pesquisa revelou que a maior parte dos homens com Doença de Peyronie não inicia o tratamento durante a fase inflamatória. De acordo com o levantamento, 63,19% não adotaram nenhuma abordagem ao notar os primeiros sintomas.

Entre os que buscaram ajuda precocemente, 18,68% utilizaram vitamina E, enquanto 13,74% recorreram à colchicina, substância que pode ajudar a reduzir a inflamação. Além disso, o uso de anti-inflamatórios orais foi citado por 12,09% dos pacientes.

Já terapias como ondas de choque, fisioterapia peniana, extensores e bombas foram adotadas por menos de 7% dos entrevistados. Os dados revelam uma baixa adesão a métodos que poderiam retardar a progressão da doença.

Tratamento exige avaliação médica especializada

Especialistas reforçam que a Doença de Peyronie não deve ser tratada sem orientação médica. Embora alguns exercícios possam ser realizados como complemento, o acompanhamento profissional é essencial para garantir segurança e eficácia.

Ainda na fase inicial, é possível adotar terapias clínicas como as citadas na pesquisa, desde que indicadas por um médico. Esses métodos podem ajudar a conter o avanço das fibroses e a preservar a função sexual.

Nos casos mais avançados, quando há calcificações, perda de comprimento ou danos vasculares, a cirurgia passa a ser considerada a abordagem mais eficaz. A Técnica Egydio é uma das opções disponíveis para tratar os quadros mais graves.

Vale ressaltar que este conteúdo tem caráter informativo e não substitui a consulta com um profissional de saúde. Ao perceber sintomas ou alterações penianas, é essencial buscar avaliação médica especializada para diagnóstico e tratamento adequados.

Foto: Reprodução/Freepik

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