Os mosaicos florestais, principal técnica de ocupação do solo adotada pelas empresas de base florestal do setor de celulose e papel do Brasil, é uma das iniciativas mais conhecidas pelo público em prol da proteção das florestas nativas. Mas não é a única contribuição feita pelas empresas do segmento, especialmente as que cultivam eucalipto em larga escala, para a proteção da flora e fauna silvestres. A Bracell, por exemplo, mantém quatro reservas particulares de patrimônio natural (RPPNs), investe em tecnologia que ampliam o alcance do serviço de vigilância patrimonial a fim de combater o desmatamento, caça e captura de animais silvestres, forma parcerias com governos em projetos de conservação e ainda realiza projetos consistentes de educação ambiental voltados às comunidades vizinhas.
Estas iniciativas, de acordo com Meryellen Baldim, gerente de Meio Ambiente e Certificações da Bracell Bahia, representam um somatório de esforços integrados em favor da manutenção dos remanescentes de mata nativa, habitat não apenas de centenas de espécies de plantas, mas também de animais, além de abrigar inúmeras nascentes e cursos d’água importantes para a manutenção de rios e riachos, como o Farje.
“As ações desenvolvidas pela empresa mesclam diversas técnicas para a preservação ambiental, como os mosaicos florestais, que são plantios de eucalipto entre corredores de vegetação nativa, contribuindo para um melhor equilíbrio ambiental, e as reservas particulares, que são unidades de conservação que apresentam grande relevância social e ambiental devido aos serviços ecossistêmicos, como controle do clima e do ciclo das águas. Um exemplo é a RPPN Lontra, que é uma das principais áreas de conservação de Mata Atlântica do Litoral Norte da Bahia, com 1.377 hectares de vegetação nativa”, afirma.
Ela ainda destaca uma iniciativa inédita desenvolvida pela Bracell no Brasil, o Compromisso Um para um, que contribui para a conservação das áreas de vegetação nativa em tamanho igual às áreas de plantio de eucalipto na Bahia, São Paulo e Mato Grosso do Sul. “Essa iniciativa quer igualar cada um hectare plantado de floresta de eucalipto a um hectare de vegetação nativa conservada. Essa meta deve ser alcançada até o final deste ano, mas vale ressaltar que, se Bracell aumentar as áreas da base florestal, será ampliada, proporcionalmente, às áreas conservadas, de forma a manter o nosso compromisso contínuo”, salienta Meryellen, acrescentando que, para atingir a meta, a empresa firmou parceria com governos estaduais para preservação e manutenção de áreas públicas.
Um dos exemplos desse compromisso na Bahia é a parceria com o governo estadual, por meio da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), para a conservação do Parque Metropolitano de Pituaçu, em Salvador. “Ao investir na conservação e na manutenção de um espaço ambiental como esse, contribuímos com a preservação da fauna e da flora de uma das poucas áreas remanescentes da Mata Atlântica da cidade. E fazemos isso porque acreditamos que a conservação de espaços naturais é extremamente importante para o equilíbrio do meio ambiente e da vida”, afirma João Fernando Silva, gerente de Silvicultura da Bracell Bahia.
Ele salienta também que a Bracell, dentro das ações de preservação das florestas nativas, desenvolve outros programas e iniciativas para administrar com responsabilidade os recursos florestais. Para isso, são firmadas parcerias com universidades, instituições de pesquisa e com outras empresas do setor a fim de contribuir para…
Foto: Acervo Bracell