Em Salvador, 330 pacientes aguardam vaga em hospitais pelo sistema da Central Estadual de Regulação, enquanto permanecem nas unidades de urgência municipais. A informação foi publicada no Jornal Correio. No ano passado, em maio, o prefeito Bruno Reis (União Brasil) afirmou que, sem a atuação da gestão municipal, a situação da saúde pública na Bahia estaria em condições ainda mais críticas.
“Imagine se não houvesse essas UPAs. As UPAs de Salvador tiveram a capacidade de tirar as pessoas que viviam nas portas dos hospitais, do HGE (Hospital Geral do Estado), do Roberto Santos. Muitas deitadas em macas, nos corredores, à espera do atendimento. Isso não é discurso, isso é uma constatação, uma realidade. Essas pessoas, se não fossem as nossas UPAs, não iriam ficar em casa, porque elas precisam do atendimento, estariam nas portas dos hospitais”, declarou Bruno Reis.
Durante a campanha eleitoral, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) prometeu que iria zerar a fila da regulação no estado. “Eu vou zerar a fila da regulação. Vou trabalhar para zerar a fila da regulação. O que meu programa de governo estabelece é a gente ter uma oferta por todos os territórios da Bahia de profissionais e serviços da saúde, com equipamentos de qualidade”, declarou o então candidato do PT ao governo da Bahia, no dia 5 de junho de 2022, durante sabatina promovida pela rádio Metrópole.
No mês passado, no entanto, Jerônimo mudou o discurso e afirmou que não teria como acabar com a fila da regulação. “Vai ter regulação sempre. Vai ter fila sempre. Mas o que eu quero dizer é que estamos construindo uma estrutura de saúde que as pessoas não vão ficar meses aguardando, dias aguardando, seja na ortopédica, seja no coração”, afirmou ele, no dia 13 de agosto, em entrevista coletiva na cidade baiana de Guanambi.
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