

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarca nos próximos dias para os Estados Unidos, onde participará da Assembleia-Geral da ONU, em meio ao aumento das tensões diplomáticas com o governo de Donald Trump. O cenário se agravou após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) e a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros exportados.
Além de abrir os discursos da assembleia, Lula deve participar de reuniões bilaterais e outros compromissos oficiais. Na última quinta-feira (11), o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, prometeu “respostas” à condenação de Bolsonaro, que recebeu pena de 27 anos e 3 meses por liderar uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
O Ministério das Relações Exteriores reagiu às declarações de Rubio em nota oficial. Segundo o texto, as ameaças “não intimidarão nossa democracia”. O documento acrescenta: “Ameaças como a feita hoje pelo Secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, em manifestação que ataca autoridade brasileira e ignora os fatos e as contundentes provas dos autos, não intimidarão a nossa democracia”.
No último domingo (14), em artigo publicado no New York Times, Lula reforçou apoio à decisão do STF e rejeitou a ideia de uma “caça às bruxas”, expressão usada por Trump e aliados ao se referirem ao julgamento de Bolsonaro. O presidente brasileiro destacou ainda que está disposto a negociar pautas de interesse comum, mas frisou: “A democracia e a soberania do Brasil não estão em pauta”.
Foto: Ricardo Stuckert / PR