Nesta quinta-feira (11), os Estados Unidos relembram os 24 anos dos atentados de 11 de setembro de 2001, em cerimônias realizadas em Nova York, Washington e Shanksville. As homenagens incluem a leitura dos nomes das vítimas, momentos de silêncio nos horários exatos dos ataques e ações comunitárias em todo o país.
Em Nova York, a cerimônia oficial ocorreu no National September 11 Memorial & Museum, com a presença de familiares e sobreviventes. No Pentágono, militares e autoridades prestaram tributo às 184 vítimas que estavam no prédio e no voo sequestrado. Já na Pensilvânia, o memorial do voo 93 recebeu visitantes em atos de lembrança.
Além das solenidades, diversas cidades americanas organizaram iniciativas de voluntariado, como distribuição de alimentos e serviços de apoio a comunidades carentes, em uma tentativa de transformar a memória da tragédia em ação solidária, destacou a Associated Press.
Os impactos do 11 de setembro permanecem visíveis. Programas de saúde continuam acompanhando bombeiros e sobreviventes que sofrem com doenças decorrentes da exposição à poeira e produtos tóxicos liberados no colapso das torres. Politicamente, os atentados desencadearam mudanças profundas, como a criação do Departamento de Segurança Interna e a adoção do Patriot Act, além da invasão do Afeganistão pelos Estados Unidos.
Relembre o caso
Na manhã de 11 de setembro de 2001, quatro aviões comerciais foram sequestrados por membros da al-Qaeda. Dois atingiram as Torres Gêmeas do World Trade Center, em Nova York, provocando seu colapso. Outro avião foi lançado contra o Pentágono, em Washington, enquanto o quarto, o voo 93, caiu em Shanksville, na Pensilvânia, após passageiros tentarem retomar o controle. Ao todo, 2.977 pessoas morreram, tornando-se o maior ataque terrorista já registrado em solo americano, segundo a Encyclopaedia Britannica.
A motivação da al-Qaeda foi política e ideológica. O grupo, liderado por Osama bin Laden, alegava retaliar a presença militar dos Estados Unidos no Oriente Médio, especialmente na Arábia Saudita, após a Guerra do Golfo (1990-1991), e protestar contra o apoio norte-americano a Israel em conflitos com palestinos. Para os extremistas, atacar símbolos do poder econômico e militar dos EUA era uma forma de enfraquecer o país e projetar sua causa no cenário internacional, de acordo com registros do relatório oficial da Comissão do 11 de Setembro.
Vinte e quatro anos depois, o 11 de setembro segue como uma data de dor e memória, mas também de reflexão sobre segurança, solidariedade e as consequências globais do terrorismo.
Foto: Reprodução/Wikimedia Commons