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SETEMBRO VERDE: CONHEÇA DEZ HÁBITOS QUE PODEM REDUZIR O RISCO DE CÂNCER COLORRETAL, DOENÇA ASSOCIADA AO ESTILO DE VIDA

João Paulo - 03/09/2025 08:51

Setembro Verde é o mês de conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico do câncer colorretal ou câncer de intestino, tumor considerado uma doença do “estilo de vida”. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que 45.630 novos casos da doença devem ser registrados no Brasil em 2025. Na Bahia, a estimativa é de 1.940 novos diagnósticos este ano.  O câncer colorretal, ou câncer de intestino, abrange os tumores que acometem a parte do intestino grosso, chamada cólon, e sua porção final, o reto. 90% dos casos da doença se originam a partir de pólipos (lesões benignas que se desenvolvem na parede interna do órgão). “Além do estilo de vida pouco saudável, fatores como histórico familiar, inflamações intestinais crônicas e presença de pólipos no intestino também aumentam o risco para desenvolvimento do câncer colorretal “, explica o oncologista Eduardo Moraes, da Oncoclínicas.

Segundo tumor mais frequente em homens e mulheres brasileiros, ficando atras apenas dos cânceres de mama e próstata (sem considerar o câncer de pele não melanoma), o câncer colorretal é associado a fatores como alimentação inadequada, sedentarismo, obesidade e sobrepeso, tabagismo e consumo excessivo de álcool. De acordo com relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), o consumo excessivo de carnes vermelhas, gorduras, embutidos, ultraprocessados e refinados aumenta o risco do câncer da doença.

“Por ser considerado um dos tumores mais evitáveis, a informação é uma grande aliada da prevenção do câncer colorretal. Além de prevenível, ele tem mais de 90% de chance de cura quando diagnosticado precocemente ”, destaca o oncologista Bruno Protásio, da Oncoclínicas.

“O objetivo do Setembro Verde é justamente alertar e conscientizar a população sobre a importância dos hábitos saudáveis e da realização da colonoscopia, o exame de rastreamento que permite a prevenção e o diagnóstico precoce desse tipo de tumor”, afirma a oncologista Maria Cecília Mathias, da Oncoclínicas.

“Uma alimentação equilibrada, rica em fibras e produtos frescos (in natura), favorece a saúde intestinal, reduz a inflamação e o risco de um câncer colorretal”, acrescenta a oncologista Mônica Kalile, da Oncoclínicas.

“O controle do estresse também é uma medida importante, uma vez que o estresse crônico afeta a imunidade e a microbiota intestinal, podendo contribuir para o crescimento do tumor”, lembra o oncologista Marco Lessa, da Oncoclínicas.

Conheça dez hábitos e medidas protetivos, que ajudam a reduzir o risco de desenvolvimento do câncer colorretal

Manter-se no peso adequado

Incluir três porções de frutas e três de legumes e verduras na alimentação diária

Limitar o consumo de carne vermelha

Praticar atividade física de maneira regular

Não fumar

Hidratar-se (beber em torno de dois litros de água por dia)

Evitar alimentos embutidos e ultraprocessados

Reduzir consumo de sal, açúcar e gordura

Evitar consumo de bebidas alcoólicas em excesso

Controlar o estresse

Rastreamento: exame pode salvar vidas

A realização do exame de colonoscopia é a forma mais eficaz de diagnosticar os tumores colorretais. Trata-se de um exame endoscópico do intestino grosso – cólon e reto – onde é introduzido um tubo com uma câmera na extremidade, permitindo detectar e remover pólipos ou tumores malignos em diversos estágios. A orientação é que o exame seja realizado, a primeira vez, entre os 45 a 50 anos, e repetido a cada cinco ou dez anos, de acordo com indicação médica, para pessoas assintomáticas e sem fatores de risco, ou seja, sem histórico de câncer de intestino ou pólipos na família, e doença inflamatória intestinal.

A colonoscopia permite detectar e remover lesões pré-cancerígenas. “Os pólipos são nódulos benignos que podem se transformar em câncer ao longo dos anos, o rastreamento através do exame é fundamental para prevenção ou diagnóstico precoce do câncer colorretal”, esclarece Marco Lessa. Nos casos de pacientes com histórico familiar e? fatores de risco para a doença, é importante que o rastreamento comece mais cedo, justamente para que o paciente tenha todo? acompanhamento médico necessário. “Nesses casos, a data de início e a frequência do exame de colonoscopia deve ser discutido com o seu médico”, finaliza Eduardo Moraes.

Crédito: Freepik

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