O mês de setembro promete ser de alta volatilidade no mercado cripo. O portal invest News listou sete moedas digitais que tendem a ter uma volatilidade maior no mês. Veja a lista e os motivos:
Ethereum (ETH) – A perspectiva regulatória mais clara vem impulsionando o otimismo institucional. Segundo Rony Szuster, head de research do MB, os ETFs de ETH à vista já atraíram US$ 9,1 bilhões em julho e agosto. Além disso, empresas começaram a adotar ETH em tesouraria, movimento antes restrito ao Bitcoin. “Dessa forma, entende-se que a Ethereum reúne fundamentos sólidos, adoção crescente e catalisadores regulatórios relevantes para sustentar uma performance bastante positiva ao longo do mês de setembro”, disse o especialista.
Solana (SOL) – O interesse em Solana aumentou após a aprovação da lei das stablecoins nos EUA, que reforça blockchains como ETH e SOL como infraestrutura-chave para pagamentos e serviços financeiros. “Há grande expectativa pela aprovação de ETFs de Solana ainda neste ano, movimento que pode colocá-la em trajetória semelhante à de BTC e ETH”, disse Valter Rebelo, especialista de criptoativos da Empiricus. Além disso, empresas listadas em bolsa já começaram a acumular SOL em balanço, como estratégia de tesouraria, falou.
Bitcoin (BTC) – O Bitcoin, segundo Guilherme Fais, head de finanças da NovaDAX, segue como a reserva de valor do mercado cripto e referência para investidores institucionais. “Embora setembro historicamente seja um mês de correção para o BTC, o cenário de longo prazo permanece fortemente otimista, com projeções entre US$ 130.000 e US$ 200.000. Para quem busca segurança e consolidação, é essencial mantê-lo na carteira”, recomendou o especialista.
Chainlink (LINK) – O projeto cripto, segundo Marcelo Person, crypto treasury & market making director da Foxbit, deve ganhar força com a expansão de seu Cross-Chain Interoperability Protocol (CCIP), plataforma que permite a transferências de tokens entre diferentes blockchains, bem como a construção de aplicativos “A Chainlink continua sendo peça-chave na integração entre o mercado tradicional e o universo cripto, prova disso é o fato de o Bureau of Economic Analysis já reportar dados como GDP e PCE diretamente por meio do protocolo. Com o avanço da regulação e a demanda por soluções confiáveis para uso institucional, o LINK ganha força como ativo estratégico”, disse.
Hyperliquid (HYPE) – O token HYPE, cuja blockchain é uma uma plataforma descentralizada (DEX) para negociação de derivativos no DeFi, alcançou sua máxima histórica de US$ 50,99 em julho e quebrou recorde de volume, com US$ 3,4 bilhões negociados em apenas 24 horas, em julho. “Esse movimento foi impulsionado por compras expressivas de grandes investidores e pelo crescimento orgânico da corretora descentralizada, que vem se consolidando pela transparência e alta liquidez”, disse Francis Wagner, head de criptomoedas da Hurst Capital.
Cosmos (ATOM) – As taxas de staking (renda passiva) do projeto estão na casa de 20% ao ano. “A aquisição do ativo com a finalidade de fazer o staking dos tokens pode ser uma opção defensiva em um momento de mercado que tende a ser desafiador”, disse Theodoro Fleury, gestor e diretor de investimentos da QR Asset Management. Sarah Uska, analista de criptoativos do Bitybank, disse que após forte correção nos últimos meses, o cenário da cripto sinaliza fundo técnico. “A reversão de curto prazo, somada ao avanço no ecossistema modular, pode sustentar novos ganhos”, falou.
XRP (XRP) – A Ripple é uma das criptos mais promissoras no mercado de derivativos, acredita Gabriel Alves, vice-presidente global de produto da Bitso. “Os futuros de XRP na CME ultrapassaram US$ 1 bilhão em Open Interest, o crescimento mais rápido já registrado para um contrato novo na plataforma”, falou. Além disso, o “ativo segue em formação de bull flag (padrão técnica de alto), com alvo de curto prazo em US$ 3,20 e suporte consolidado em US$ 2,89 – níveis que podem servir de gatilho para novos fluxos de entrada institucional”, completou.