A Confederação Nacional da Indústria (CNI) conduz, nesta quarta (3) e quinta-feira (4), uma missão empresarial em Washington (EUA) para abrir canais de diálogo e buscar a reversão ou redução do tarifaço imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. A comitiva reúne cerca de 130 empresários, dirigentes de federações estaduais e representantes de associações industriais.
A programação inclui reuniões no Capitólio, encontros bilaterais com instituições parceiras, uma plenária com representantes públicos e privados dos dois países e audiência pública na US International Trade Commission, relacionada à investigação aberta pelo governo norte-americano contra o Brasil com base na Seção 301 da Lei de Comércio de 1974. O processo analisa práticas em áreas como comércio digital, serviços de pagamento, tarifas preferenciais, etanol e questões ambientais.
“Estamos trabalhando de forma profissional, eminentemente de forma particular, privada e empresarial. Nesse momento, é muito delicado que nós possamos ter qualquer vontade ou qualquer determinação de aplicar a lei da reciprocidade. Temos momentos tensos, na geopolítica, mas o que nós queremos mesmo é que não seja precipitada nenhuma decisão em que possamos ter essa tratativa e a busca do bom senso”, declarou o presidente da CNI, Ricardo Alban.
Os setores mais impactados pelo tarifaço e representados na missão são máquinas e equipamentos, madeira, café, cerâmica, alumínio, carnes e couro. Grandes empresas como Embraer, Stefanini, Novelis, Siemens Energy e Tupy também participam da comitiva.
A delegação conta ainda com dirigentes de oito federações estaduais da indústria: Goiás (FIEG), Minas Gerais (FIEMG), Paraíba (FIEPB), Paraná (FIEP), Rio de Janeiro (FIRJAN), Rio Grande do Norte (FIERN), Santa Catarina (FIESC) e São Paulo (FIESP).
Foto: Reprodução / Agência de Notícias da Indústria