A inadimplência de aluguel na Bahia registrou queda em julho, saindo de 4,10% no mês anterior, para 3,93%, com variação de 0,17 ponto percentual. Esse valor é o menor já registrado, desde a criação do índice em 2023. No comparativo com o mesmo período de 2024 (4,83%), houve diminuição de 0,9 ponto percentual. O índice no estado ficou acima da média nacional, que foi de 3,76% no período. Os dados são do Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica, principal plataforma de soluções tecnológicas e financeiras para os mercados condominial e imobiliário no país.
Segundo Manoel Gonçalves, Diretor de Negócios para Imobiliárias da Superlógica, “a melhora no índice de julho pode indicar um alívio temporário no orçamento das famílias, mas ainda é preciso cautela. Fatores como inflação e juros continuam pressionando os gastos fixos, e qualquer mudança nesses indicadores pode impactar a capacidade de pagamento dos locatários nos próximos meses.” A declaração foi feita durante o Next 2025, o maior evento do setor de moradia do país.
Em julho, a região Nordeste liderou novamente o topo do ranking, com uma taxa de inadimplência de 4,91%. A região Centro-Oeste teve um aumento significativo e agora ocupa o segundo lugar, saindo de 3,78%, em junho, para 4,68%, em julho, um aumento de 0,9 ponto percentual. A região Norte aparece em terceiro lugar, com 4,48%, seguido do Sudeste, com taxa de 3,51%. A região Sul segue com a menor taxa do país, 3,19%.
O levantamento revela ainda que em relação ao tipo de imóvel, na região Nordeste, a taxa de inadimplência de apartamentos subiu de 2,33% para 3,22%, em julho, acima da média nacional de 2,73%; e a de casas subiu de 6,11% para 6,39%, também acima da média nacional de 4,02%. Os imóveis comerciais também registraram aumento, passando de 7,03%, em junho, para 7,21%, em julho, acima da média nacional de 5,03%, no período.
No cenário nacional, a inadimplência em imóveis residenciais na faixa de aluguel acima de R$ 13.000 continua em alta, desde junho de 2024, com uma taxa de 6,83%, em julho. Os imóveis residenciais na faixa de aluguel de até R$ 1.000 tiveram alta registrada novamente, saindo de 5,79% em junho para 6,14% em julho, um aumento de 0,35 ponto percentual. A taxa de inadimplência de imóveis de R$ 2.000 a R$ 3.000 e de R$ 3.000 a R$ 5.000 é semelhante, sendo 2,36% e 2,37%, respectivamente.
Já em relação aos imóveis comerciais, a faixa até R$ 1.000 continua com a maior taxa e segue em crescimento, de 7,48% em junho para 7,98% em julho, um aumento de 0,50 ponto porcentual. A menor foi na faixa de R$ 2.000, a R$ 3.000, de 4,22%.
Foto: (Pixabay)