Vice-líder do governo na Câmara Municipal, o vereador Téo Senna (PSDB) utilizou a tribuna da Casa, nesta segunda-feira (25), para criticar o que classificou como “incoerência” da oposição em relação aos pedidos de empréstimos enviados pelo prefeito Bruno Reis (União) ao Legislativo.
Segundo o edil, enquanto a Prefeitura de Salvador solicita R$ 1,28 bilhão em operações de crédito com finalidade definida e transparente, a oposição apressa-se em classificar os projetos como “cheque em branco” e insinuar falta de planejamento da gestão municipal. “É preciso restabelecer a verdade dos fatos. Esses recursos têm destino certo, que é o equilíbrio das contas, investimentos e continuidade das obras e programas que vêm melhorando a vida dos soteropolitanos”, afirmou .
Senna lembrou que, em contraste, o governador Jerônimo Rodrigues já acumula mais de R$ 23 bilhões em empréstimos em apenas dois anos e meio de mandato, incluindo um financiamento recente de R$ 4,5 bilhões contraído no Japão. “Enquanto a Prefeitura pede recursos equivalentes à construção de um hospital de grande porte ou à requalificação de dezenas de escolas, o governo estadual já tomou dinheiro suficiente para levantar duas pontes Salvador-Itaparica. Onde estão essas obras grandiosas financiadas por tanto dinheiro?”, questionou .
Para Senna, o silêncio da oposição diante do elevado endividamento estadual demonstra conveniência política. “Não é aceitável usar dois pesos e duas medidas. Criticam duramente a Prefeitura por R$ 1,28 bilhão e aplaudem em silêncio o Governo do Estado por endividar a Bahia em R$ 23 bilhões. Isso não é fiscalização, é conveniência. Nosso dever nesta Casa é defender Salvador, não o jogo partidário”, concluiu.
Foto: Reginaldo Ipê (Ascom/CMS)