quarta, 20 de agosto de 2025
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COORDENADOR DO MINISTÉRIO DAS CIDADES DESTACA ATUAÇÃO CONJUNTA DA CONDER COM A CAIXA

LUIZA SANTOS - 20/08/2025 18:23

A prevenção de desastres urbanos e a proteção de comunidades vulneráveis estão no centro das discussões do III Workshop sobre Contenção de Encostas, aberto nesta terça-feira (19) pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder). O evento, que já se consolida como tradição, acontece até quinta-feira (21), no auditório da Secretaria Estadual da Educação (SEC), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador, reunindo gestores públicos, técnicos, professores e especialistas de todo o país.

Na abertura do evento, o coordenador de Obras do Ministério das Cidades, Carlos Eduardo Gonçalves, reconheceu o trabalho desenvolvido pela Conder. “Em sua fala, o presidente Trindade mencionou o prêmio Periferia Viva, e não é à toa que a Conder recebeu essa premiação. Temos muito orgulho em dizer que hoje a Conder é um dos nossos principais clientes. O trabalho que vem sendo feito junto com a Caixa aqui em Salvador é uma das engrenagens que melhor funciona dentro do nosso programa”, afirmou.

Gonçalves também destacou a relevância dos Planos Municipais de Redução de Riscos (PMRRs) como ferramentas essenciais para salvar vidas. Ele explicou que os planos ajudam os municípios a identificar e hierarquizar áreas mais suscetíveis a deslizamentos, erosões e outros desastres, além de apontar soluções técnicas e sociais.

“A metodologia para a elaboração dos Planos Municipais de Redução de Riscos representa um marco na prevenção de desastres urbanos. Ela garante diagnósticos claros e padronizados das áreas vulneráveis e permite que os municípios priorizem ações com maior impacto social. A parceria com universidades públicas é fundamental, pois além de assegurar rigor técnico, forma profissionais capazes de pensar soluções inovadoras e sustentáveis para o futuro das cidades”, afirmou Gonçalves.

Os planos municipais reúnem informações estratégicas que orientam não só a prevenção, mas também o investimento público. Entre os principais dados que devem compor o plano estão a localização dos setores e identificação das moradias em risco; a classificação do grau de risco das residências; os tipos de eventos com potencial de ocorrência, como deslizamentos e erosões; e a hierarquização dos setores mais críticos. Os planos devem apresentar também propostas de soluções técnicas e sociais adequadas a cada realidade.

O representante do Ministério das Cidades explicou, ainda, que esses elementos são utilizados diretamente no processo de seleção do Novo PAC – Encostas, que passou a priorizar municípios que já tenham seus planos atualizados. “A seleção considera, por exemplo, o nível de detalhamento dos projetos apresentados, a aderência aos planos e o grau de vulnerabilidade das famílias afetadas”, explicou Gonçalves.

A coordenadora de prevenção a desastres naturais da Conder, Adriana Luz, reforçou a importância da política estadual, destacando seu impacto na geografia da capital baiana. “Estou há 27 anos na Conder e pude acompanhar de perto a evolução da política de prevenção de desastres naturais na Bahia. Posso dizer, com muito orgulho, que essa política mudou a cara de Salvador e de outras cidades do estado, trazendo dignidade, segurança e qualidade de vida para famílias que antes viviam sob constante risco. Desde 2014, realizamos 148 obras de contenção de encostas, beneficiando diretamente mais de 300 mil pessoas. São números que refletem não apenas obras de engenharia, mas vidas transformadas e comunidades que hoje têm mais tranquilidade e esperança no futuro.”

Foto: Divulgação/Conder

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