quinta, 14 de agosto de 2025
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ESTIMATIVA DE JULHO MANTÉM SAFRA RECORDE DE GRÃOS NA BAHIA EM 2025, 12,7% MAIOR QUE A DE 2024

João Paulo - 14/08/2025 13:00 - Atualizado 14/08/2025

A sétima estimativa para a safra baiana de cereais, leguminosas e oleaginosas (também conhecidos como grãos) em 2025 prevê, em julho, que a produção deve chegar ao recorde de 12.829.202 toneladas neste ano. Isso representa um crescimento de 12,7% (ou mais 1.448.107 t) em relação a 2024, e de 5,6% frente ao recorde anterior, registrado em 2023 (que havia sido de 12.148.058 toneladas).

Frente à estimativa de junho (de 12.668.822 toneladas), também houve, em julho, aumento na previsão da safra de grãos na Bahia: +1,3%, o que equivale a mais 160.380 toneladas. A maior previsão da safra baiana de grãos, entre junho e julho, se deveu a novas revisões para cima nas produções de milho 1ª safra e algodão herbáceo. Em 2025, a primeira safra de milho, na Bahia, deve ser de 1.932.000 toneladas, ficando 24,6% acima da colhida em 2024 (mais 380.910 toneladas) e com alta de 11,0% na passagem de junho para julho (mais 192 mil toneladas).

O aumento da previsão do milho 1ª safra entre um mês e outro se deveu a um maior rendimento médio, que deve chegar a 6.900 kg/hectare, 15,0% superior ao previsto em junho (que havia sido 6.000 kg/hectare). A Bahia deve produzir, em 2025, 1.865.025 toneladas de algodão, 5,4% a mais do que em 2024 (mais 96.225 toneladas) e 0,4% a mais do que o previsto em junho (mais 6.525 toneladas). A variação positiva na estimativa, entre junho e julho, se deveu a um crescimento da área plantada/ a ser colhida, que passou de 400 mil para 405 mil hectares (+1,3% ou mais 5.000 hectares).

O estado é o 2º maior produtor nacional de algodão e deverá ser responsável por 19,6% da safra brasileira, em 2025. Fica abaixo apenas de Mato Grosso, que deve colher 6.742.781 toneladas, equivalentes a 71,0% do total nacional (9,5 milhões de toneladas). Por outro lado, entre junho e julho houve, na Bahia, revisão para baixo na estimativa de produção do feijão 1ª safra, de -29,7% ou menos 35.600 toneladas. Com isso, essa safra deve somar 86.400 toneladas em 2025, ficando ainda menor em relação à de 2024: -37,0% ou menos 50.700 toneladas.

A queda importante na estimativa de produção de feijão 1ª safra, entre junho e julho, resultou de uma combinação de recuos na área destinada à cultura (-7,7% ou menos 15 mil hectares, ficando em 180 mil hectares) e no rendimento médio (-23,3%, de 4.646 kg/hectare para 4.605 kg/hectare).

Apesar disso, o novo recorde na produção de grãos na Bahia, em 2025, segue o previsto também para o Brasil como um todo. A safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve totalizar 340,5 milhões de toneladas em 2025. Trata-se de um valor 16,3% ou 47,7 milhões de toneladas maior do que o de 2024 (292,7 milhões de toneladas). Na comparação com junho, a estimativa registrou alta de 2,1%, um acréscimo de 7,1 milhões de toneladas.

Mantendo-se essa previsão positiva, em 2025 a Bahia deve sustentar a sétima maior safra de grãos do país, respondendo por 3,8% do total nacional. Mato Grosso continua na liderança (32,4%), seguido por Paraná (13,4%) e Goiás (11,4%).

As informações são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado mensalmente pelo IBGE. O grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas (grãos) engloba os seguintes produtos: arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo, triticale, amendoim, feijão, caroço de algodão, mamona, soja e girassol.

Imagem de João Lima por Pixabay

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