O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou nesta terça-feira, 13 de agosto, que o Governo Federal trabalha na criação de duas plataformas para apoiar alunos na preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e estimular a leitura em todo o país. “A primeira é o MEC Enem. Ela vai permitir que o aluno, o jovem, possa se preparar para o Enem. Inclusive fazer a redação e a própria plataforma corrigir. Vai ser um estímulo”, afirmou, durante entrevista ao Bom Dia, Ministro desta terça, 13 de agosto.
O MEC Enem vai permitir que o aluno, o jovem, possa se preparar para o Enem. Inclusive fazer a redação e a própria plataforma corrigir. Vai ser um estímulo”
Camilo Santana, ministro da Educação
A segunda novidade é voltada ao estímulo da leitura. Em novembro do ano passado, a Câmara Brasileira do Livro publicou uma pesquisa na 6ª edição da Retratos da Leitura no Brasil que trouxe um dado preocupante: mais da metade dos brasileiros não lê livros. O país perdeu quase 7 milhões de leitores nos quatro anos anteriores à pesquisa. Pela primeira vez na série histórica do estudo, a proporção de não leitores é maior do que a de leitores na população brasileira.
“O MEC Livros é uma plataforma de acesso à leitura de livros digitais. Vai permitir estimular a leitura. Você está em uma parada de ônibus, bota lá o QR Code e vai ter acesso a uma biblioteca digital. Vai estar em um posto de saúde esperando ser atendido e vai ter o acesso”, relatou Santana. “Vamos começar a estimular lá na alfabetização, por isso o cantinho da leitura na escola. Mas, também, estimular o brasileiro a deixar o celular de lado e ter acesso ao livro, à leitura. Seja digital ou em papel”, prosseguiu o ministro.
COMPROMISSO – Indagado sobre os trabalhos em curso voltados à alfabetização de crianças e as desigualdades neste processo que existem no Brasil, Santana reforçou que essa é uma das principais bandeiras do Governo Federal. “Uma das primeiras ações no Ministério foi criar o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada. Quando uma criança não aprende a ler e escrever na idade certa, isso compromete todos os anos da educação básica. Aumenta a distorção, a reprovação, o abandono escolar”, pontuou o ministro. “Nossa ideia foi construir uma política nacional, porque o Brasil é um país desigual também na questão educacional. A realidade da região Norte é diferente da realidade da região Sul, do Nordeste. O Compromisso Nacional Criança Alfabetizada é um dos mais importantes programas do presidente Lula”, frisou.
Foto: Vitor Vasconcelos / Secom / PR