O deputado estadual Robinson Almeida (PT) saiu em defesa da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) após críticas feitas pelo ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), que, nas redes sociais, questionou a interrupção temporária no fornecimento de água provocada por um serviço de manutenção programado na capital e na Região Metropolitana. Para o parlamentar, a manifestação de Neto é “leviana e oportunista”, alinhada à agenda de privatização da estatal defendida pelo ex-prefeito. Robinson destacou que a intervenção realizada pela Embasa foi amplamente comunicada à população, envolveu 500 trabalhadores em 50 frentes de serviço e teve como objetivo garantir a segurança e a estabilidade do sistema de abastecimento. Segundo ele, a maior parte das áreas afetadas já está com o fornecimento restabelecido.
“A Embasa nunca investiu tanto em saneamento como agora. Está alinhada ao novo marco legal do setor e projeta aplicar R$ 20 bilhões até 2033 para ampliar o acesso à água tratada e ao esgotamento sanitário em toda a Bahia. É um trabalho sério, técnico e comprometido com a saúde pública”, afirmou Robinson. O deputado também questionou a coerência do posicionamento de ACM Neto, lembrando que o ex-prefeito, “agora atuando como comentarista político”, não se pronunciou sobre problemas de responsabilidade municipal em Salvador, como os existentes na infraestrurura viária, com buracos espalhados pela cidade, e a paralisação de mais de 60 dias nas aulas da rede municipal quando o prefeito Bruno Reis (UB) não quis cumprir o pagamento do piso nacional do magistério.
“Quando o problema é na prefeitura de Salvador, o silêncio é a regra. Neto não criticou a negligência que deixou milhares de estudantes sem aula, não opina sobre o abandono da capital pelo seu aliado, nem se manifesta diante dos danos institucionais e econômicos causados ao Brasil por seus aliados bolsonaristas”, enfatizou Robinson. O petista afirmou ainda que tentativas de desgastar a imagem da Embasa se inserem num movimento para justificar a privatização da companhia, o que, segundo ele, seria prejudicial à população mais vulnerável. “Privatizar a Embasa significaria abrir mão de um serviço público que atende inclusive regiões sem retorno financeiro, mas que precisam de abastecimento para viver com dignidade. O interesse público deve estar acima da disputa política, mas o ex-prefeito revela não ter compromisso com isso”, concluiu Robinson Almeida.
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