Uma ponte conectando o continente italiano à ilha da Sicília, através do Estreito de Messina, foi aprovada por um comitê de ministros italianos e está causando tanta polêmica quanto a ponte Salvador/Itaparica.
A ponte italiana tem 3,3 quilômetros de extensão e é bem menor que a ponte Salvador/Itaparica, com 12,4 km, mas custa muito mais. O custo do projeto foi estimado em 13,5 bilhões de euros, ou seja, 86,2 bilhões de reais, enquanto a ponte baiana sairá por R$ 10 bilhões.
O projeto é polêmico e vem sendo discutido desde 1960. Agora, os planos mais recentes preveem a conclusão da ponte até 2032. A previsão da ponte Salvador /Itaparica é estar pronta em 2031.
A chamada Ponte do Estreito de Messina vai ser a maior ponte suspensa do mundo e será financiada por meio de verbas estatais.
O projeto foi saudado pela coalizão de governo liderada pela primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, como um impulso econômico para o sul empobrecido da Itália. O ministro dos Transportes, Matteo Salvini, estimou o início das obras já em setembro ou outubro.
A ponte foi projetada para atravessar uma estreita faixa de água entre a Sicília e a região da Calábria, com duas linhas ferroviárias no centro e três faixas de tráfego em cada lado.
Já os críticos reclamam do custo exorbitante, dos possíveis danos ambientais, da construção de uma ponte suspensa com extensão recorde em uma zona de terremotos, e até de que a máfia pode se infiltrar em contratos de construção.
No início desta semana, associações ambientalistas apresentaram uma queixa à União Europeia sobre os sérios riscos da construção da ponte para o meio ambiente local.
O Partido Democrático, de centro-esquerda e oposição ao governo, é contrário às obras e alertou que o projeto “viola as normas ambientais, de segurança e europeias, além do bom senso”.
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