O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), deve encaminhar entre 10 e 13 projetos de lei à Câmara Municipal ainda esta semana. As propostas marcam o início do segundo semestre legislativo e foram antecipadas pelo gestor em almoço com vereadores aliados no Palácio Thomé de Souza.
No primeiro semestre, apenas dois projetos haviam sido enviados: a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026 e o reajuste do funcionalismo público. A escolha de adiar novas proposições teve motivações políticas e orçamentárias, visando evitar conflitos com a base aliada após o período eleitoral.
Com o cenário fiscal mais estável, os novos projetos devem tramitar em ritmo regular, sem urgência, conforme acordado em reunião com líderes da Câmara na terça-feira (5). Entre os temas abordados, estão uma nova operação de crédito, mudança no agente financeiro de um empréstimo e a criação de um novo subsídio para o transporte público, que permitirá a incorporação de ônibus comprados pela Prefeitura à frota existente.
Também integra o pacote um projeto que altera o plano de cargos e salários dos professores, fruto do acordo que encerrou a greve da categoria. Durante a reabertura do semestre legislativo, servidores aposentados da CMS protestaram contra o reajuste de 4% aprovado em maio, alegando não terem recebido o aumento.
Outro destaque será o novo Plano Municipal de Saneamento Básico, que amplia a autonomia da gestão municipal para promover uma nova concessão no setor, diante do impasse com a Embasa após a saída de Leonardo Góes da presidência da empresa. A Prefeitura elabora uma Manifestação de Interesse Privado (MIP) com esse objetivo.
Foto: Betto Jr./ Secom PMS