Apesar de ainda ser um tabu, a infertilidade masculina é responsável por 35% dos casos de infertilidade de um casal em idade reprodutiva. No passado, a reponsabilidade pela gravidez era sempre atribuída à mulher, mas, hoje, já está comprovado que ela deve ser compartilhada igualmente pelos dois sexos. Estima-se que cerca de 35% dos casos de infertilidade podem ser atribuídos à mulher, outros 35% são de responsabilidade do homem, 20% estão relacionados a ambos e 10% são de causas desconhecidas. “Quando um casal não consegue ter filhos naturalmente e vai buscar ajuda especializada, a investigação da infertilidade conjugal deve ser feita sempre pelos dois sexos”, orienta a médica especialista em medicina reprodutiva Valentina Cotrim, do Cenafert – Centro de Medicina Reprodutiva, que integra o Grupo Huntington, um dos principais Grupos de Reprodução Assistida do Brasil
“Infelizmente, por questões culturais ou desinformação, muitos homens ainda associam infertilidade masculina a disfunções sexuais, como impotência ou falta de virilidade. Isso é um enorme equívoco, o que causa a infertilidade dos homens são deficiências na qualidade e quantidade dos espermatozoides”, esclarece a especialista.
A baixa produção de espermatozoides pelos testículos, causada por alterações hormonais, assim como alterações na motilidade e morfologia dos gametas, são alguns dos fatores que influenciam a fertilidade masculina. Há também causas genéticas que podem levar a ausência de produção de espermatozoides (azoospermia) ou concentração muita reduzida de espermatozoides no sêmen (oligozoospermia severa).
Hábitos de vida e fertilidade masculina
Além dos fatores hormonais, genéticos e ambientais, o estilo de vida também podem ser um “vilão” quando o assunto é saúde reprodutiva. “Os hábitos de vida podem comprometer bastante a fertilidade. O tabagismo, o uso de drogas e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas são fatores que podem comprometer a fertilidade do homem”, afirma o urologista João Ricardo Figueiredo, da equipe do Cenafert. “A obesidade e as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) também são fatores que podem afetar a fertilidade”, afirma o urologista Ewerton Pedrosa Muragaki, da equipe do Cenafert.
De acordo com os especialistas, o uso frequente de anabolizantes por jovens que frequentam academias em busca de aumentar a massa muscular é outro fator de risco para infertilidade. Essas drogas podem causar alterações hormonais, como a queda da testosterona, com redução da produção de sêmen, comprometendo a fertilidade. A exposição a fatores ambientais (poluição, agentes químicos, solventes, pesticidas e alguns metais pesados) é outro fator de risco para a fertilidade.
Saúde reprodutiva
Segundo Ewerton Pedrosa Muragaki, adotar alguns hábitos faz a diferença para a saúde reprodutiva. Não fumar, praticar atividade física regular, controlar o estresse e a ansiedade, fazer sexo seguro, dormir bem, ter uma alimentação equilibrada, manter uma vida sexual saudável com uma frequência média de três relações por semana, e evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas são algumas das medidas benéficas para condição de fertilidade.
Além dos hábitos saudáveis, os exames de rotina e a consulta anual ao urologista são fundamentais para a saúde. “Muitos homens não têm uma rotina de consulta com urologista, ao menos uma vez ao ano, para uma avaliação clínica e realização de exames”, finaliza João Ricardo Figueiredo.
Sobre o Cenafert
Com sede no bairro de Ondina, em Salvador, o Cenafert – Centro de Medicina Reprodutiva, inaugurado há 23 anos, é uma clínica especializada em reprodução assistida e tem como missão garantir uma atenção integral e humanizada a pessoas que sonham em ter filhos. Ao longo de sua atuação, a clínica já contabiliza mais de 3.500 bebês nascidos através das diversas técnicas de reprodução assistida.
O laboratório de reprodução assistida do Cenafert oferece tecnologia de ponta para a realização dos procedimentos com eficácia e segurança. O paciente infértil conta com o suporte de uma equipe médica multidisciplinar, experiente e qualificada, e com serviços que vão desde o atendimento de casos mais simples – solucionados com tratamento de menor complexidade – até aqueles que exigem o emprego de técnicas avançadas no campo da reprodução assistida.
Crédito: Freepik