A Vale deu mais um passo no sentido de descartar a compra da Bamin Mineração. Em entrevista a jornalistas o vice-presidente executivo de finanças e relações com investidores da Vale, Marcelo Bacci, disse a última sexta-feira (1º) que a mina da Bamin não tem ferro suficiente para justificar o investimento na Fiol 1, o trecho inicial da Ferrovia Oeste-Leste, que liga as cidades baianas de Ilhéus e Caetité.
“Quando você olha a quantidade de minério disponível, só essa quantidade de minério não remunera a construção da infraestrutura que é necessária ali em termos de evolução”, disse Bacci. E afirmou que a empresa não encontrou uma forma econômica de desenvolver o projeto.
O executivo da Vale disse ainda que o cenário é desfavorável ao empreendimento. Segundo ele, pode-se buscar alternativas com o aumento do volume de carga na ferrovia para “fazer o projeto parar de pé” ou buscar um “parceiro” para o negócio. E questionou o projeto afirmando que “não há equação que faça essa conta fechar”.
Ele afirmou ainda que parceiros seriam necessários, para trazer outras cargas que viabilizem a parte de logística.
Ficou muito claro na entrevista do vice-presidente que há enorme resistência da mineradora ao projeto, quando ele afirmou: “A Vale é uma empresa de mineração, nós não somos uma empresa logística”, esquecendo os diversos projetos de logística tocados pela empresa.
A Vale é uma empresa logística controlando a Ferrovia Centro-Atlântica – FCA Estrada de Ferro Carajás; a Estrada de Ferro Vitória-Minas; o Porto de Ponta da Madeira (MA); o Terminal de Tubarão; a frota de navios Valemax e outros projetos.