A possibilidade de um investidor japonês estar interessado em uma parceria com a Vale e a Cedro de Lucas Kallas, para comprar a Bamin Mineração agitou o mercado baiano, que anseia pela retomada do projeto que incluí o trecho 1 da Fiol – Ferrovia Oeste Leste.
A informação foi do colunista Lauro Jardim em sua coluna em O Globo e gerou imediatamente uma avaliação de quais investidores japoneses que poderiam se interessar pelo ativo. A compra da Bamin é um investimento da ordem de US$ 5 bilhões.
Fontes ouvidas pelo Bahia Econômica, indicaram que o mais provável investidor japonês seria o JBIC – Japan Bank for International Cooperation, banco estatal de fomento do governo japonês, que atua para garantir o fornecimento estável de recursos naturais ao Japão, por meio de financiamentos, empréstimos e garantias a empresas japonesas no exterior. O banco tem papel crucial em setores como energia, infraestrutura e mineração.
O JBIC mantém uma relação de cooperação com a Vale que remonta a quase meio século. Um empréstimo à Vale foi o primeiro após a emenda de abril de 2023 à Lei do JBIC ter expandido a elegibilidade para incluir casos de aquisição de recursos por subsidiárias estrangeiras de empresas japonesas.
Recentemente, em 2024 foi realizado com a Vale um contrato de empréstimo de grande porte no valor de US$ 480 milhões, referente a minério de ferro moído e processado da Vale, conhecido como pellet feed. O empréstimo visa garantir o fornecimento estável desses materiais da Vale para empresas japonesas.
Há outras empresas que têm ou já tiveram projetos em comum com a Vale, como a Mitsui & Co, a Nippon Steel Corporation e a Mitsubishi Corporation, mas o financiamento através do JBIC seria o mais provável.
Veja aqui quem é Lucas Kallas.