O Centro de Artes e Esportes Unificado (CEU) de Valéria, em Nova Brasília de Valéria, foi palco de um evento voltado para a terceira idade, na quinta-feira (31). A ação teve como objetivo promover integração social, informação e lazer para cerca de 80 idosos a partir de 60 anos.
Promovido pela Diretoria de Proteção Social Básica (DPSB) da Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), em parceria com o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Lagoa da Paixão, a programação contou com atividade física; palestra sobre prevenção de golpes contra aposentados, abordando fraudes financeiras e proteção dos direitos da pessoa idosa; aula sobre saúde bucal e encerramento com uma apresentação especial do coral do Cras, celebrando a arte e o protagonismo dos idosos. O evento também englobou assistidos pelos Cras Calabetão, Rio Sena e Paripe.
O coordenador do Cras Lagoa da Paixão, Derício de Souza Filho, explicou que a maioria dos idosos vivem em situação de abandono pela família ou não conseguiram construir família, mas que hoje encontram no Cras um grupo de referência. O gestor salientou ainda que o tema da palestra foi fruto de um pedido dos próprios idosos, que reclamaram estar sofrendo golpes, principalmente envolvendo empréstimos bancários.
A assistente social do Cras Lagoa da Paixão, Margarete Simões, contou que a iniciativa faz parte da temática Protege Idoso, que visa adotar medidas a fim de prevenir ameaças, orientando os idosos para que se enxerguem como pessoas ativas na sociedade “Eles já fazem parte de um grupo e já tem essas atividades semanais deles que os tornam, de certa forma, ativos. Nossa intenção é que eles possam refletir sobre as dificuldades enfrentadas com todas essas transformações da sociedade, avanços tecnológicos. Por isso, nós trabalhamos questões preventivas para que eles fiquem em alerta”, disse.
Moradora de Fazenda Coutos, a dona de casa Dineuza Maria Santana Moura, de 60 anos, faz questão de participar de todas as atividades promovidas pelo Cras Lagoa da Paixão e relatou como a entidade a ajudou a resgatar a autoestima. “Eu cheguei aqui no fundo do poço, era uma depressão terrível, eu não dava conta nem de mim. A luta foi grande. Moro sozinha e hoje, graças ao Cras, eu me encontro no direito de cuidar da minha mãe, porque antes nem isso eu tinha condições”, declarou.
Foto: Bruno Concha/Secom PMS